Cotidiano

Brasil registra déficit de US$ 23,5 bi nas contas externas de 2016

BRASÍLIA – A recessão econômica promoveu um ajuste das contas externas brasileiras. Segundo o Banco Central, o déficit de todas as trocas de serviços e do comércio do país com o resto do mundo ficou em US$ 23,5 bilhões em 2016. É o mais baixo desde 2007, quando o Banco Central passou a registrar os dados.

Houve uma queda de 40% do rombo das contas externas em relação ao ano anterior. Em 2015, também houve um ajuste. Essa melhoria foi provocada pela crise econômica e política.

Em 2015, as incertezas políticas aumentaram o dólar e provocaram a recessão vivida pelo país até hoje. Com menos atividade, o país gasta menos com matéria prima, viagens e outros tipos de serviços.

Por isso, o rombo das contas, que chegaram a US$ 104 bilhões em 2014 estão num patamar mínimo. Foi o maior ajuste já visto desde 1947. O dólar acima de R$ 3 freou as importações de empresas brasileiras, mas não fez com que elas exportasses mais.

No entanto, a perspectiva de recuperação da economia brasileira fez com que o Brasil recebesse cada vez mais investimento estrangeiro direto. No ano passado, o país recebeu 6% a mais de recursos produtivos: foram US$ 78,9 bilhões. Como os investimentos que ingressaram no país cobrem com folga o déficit das contas externas, os economistas consideram um quadro favorável.