Cotidiano

Brasil cai de posição em ranking global de influência

RIO – O Brasil caiu uma posição no índice Soft Power 30, que mede o poder de influência a nível global, e alcançou o 24º lugar. O ranking aponta os 30 países com maior capacidade de convencimento a partir dos critérios governo, educação, cultura, inovação e empreendedorismo, inserção digital e engajamento internacional.

Segundo a Portland, consultoria de comunicação estratégica responsável pelo estudo, o subíndice no qual o Brasil apresentou a maior queda foi o referente ao governo. Além dos escândalos de corrupção e o afastamento da presidente Dilma Rousseff, outra razão que explica o pior desempenho no quesito, que avalia os valores políticos e os efeitos das políticas públicas, foi a lentidão na tomada de medidas para combater o vírus da zika.

A epidemia também prejudicou o subíndice da cultura, que caiu duas posições. Mesmo com pontos fortes como o futebol ou o samba, o receio em relação ao vírus e o possível impacto nos Jogos Olímpicos comprometeram a avaliação neste ano.

Entretanto, o Brasil apareceu pela primeira vez entre os dez primeiros na categoria engajamento, que qualifica o alcance das redes diplomáticas dos países, contribuição para a comunidade internacional e comprometimento com os grandes desafios globais, como o desenvolvimento sustentável. Além de ser o país sul americano em melhor classificação, o Brasil subiu três posições, do 13º lugar para 10º lugar neste setor.

A primeira colocação no ranking ficou com os Estados Unidos, que subiram duas posições e ultrapassaram o Reino Unido e a Alemanha. A influência americana se destaca principalmente na educação, cultura e inovação. A pesquisa também infere que a queda do Reino Unido deve-se ao Brexit e a incerteza em relação à posição global do país com uma eventual saída da União Europeia.

Outros destaques são a China ? que apresentou considerável avanço no subíndice da cultura, apesar de ainda apresentar uma baixa pontuação na avaliação política ? e o aparecimento da Rússia e da Argentina entre os 30 primeiros países pela primeira vez.