Cotidiano

Bob Dylan lança segundo álbum de canções de Frank Sinatra

RIO – “All the way”, “It had to be you”, “All or nothing at all”, “Young at heart”, “Come rain or come shine”… todas, canções muito conhecidas na voz de Frank Sinatra, que um outro mito da música americana – o cantor e compositor Bob Dylan – gravou no disco “Fallen angels”, lançado nesta sexta-feira. O 37º álbum de carreira do artista chega pouco mais de um ano depois de “Shadows in the night”, disco com canções famosas na interpretação de Sinatra.

Assim como em “Shadows”, “Fallen angels” traz Bob Dylan acompanhado por guitarra, cordas e o pedal steel típico da música country – os dois discos foram gravados nas mesmas sessões de estúdio. Não tão sombrio (e sem os metais) do álbum anterior, ele conta com um Dylan mais polido nos vocais, embora, aos 74 anos de idade, seu registro se apresente bem mais envelhecido que o de Sinatra quando gravou os clássicos. 

A crítica internacional se empolgou com “Fallen angels”. “Embora algumas pessoas tenham sempre afirmado que Dylan 'não consegue cantar', a verdade é que – assim como Sinatra – ele sempre teve um talento especial para interpretar uma letra. Seja sussurrando em seu ouvido (…) ou rosnando para você da esquina da rua, ele fez como que cada palavra importasse. Mesmo que não fizesse sentido”, escreveu Helen Brown, do jornal inglês “The Telegraph”.

Já Will Hermes, da revista “Rolling Stone, sentenciou: “'Fallen angels' não é meramente um conjunto de sobras de 'Shadows in the night', embora a abordagem de Dylan seja semelhante a daquele disco. Seu fraseado permanece espetacular, às vezes doloroso, às vezes hilariante, e a execução é sublime.”

Lançado em fevereiro do ano passado, “Shadows in the night”, de 2015, alcançou o Top 10 em 17 países: um 7º lugar nos EUA e a estreia em 1º lugar no Reino Unido, Irlanda, Suécia e Noruega. O álbum também recebeu elogios da crítica em todo o mundo, com Neil McCormick do “The Telegraph” dando ao álbum cinco de cinco estrelas e descrevendo o trabalho como “assombroso, agridoce, cativante” com “o melhor canto de Dylan em 25 anos”.