Cotidiano

BC quer investir em programas de inclusão financeira digital

INFOCHPDPICT000059144231-514.jpgBRASÍLIA – O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, anunciou nesta terça-feira que o órgão deve investir em ações de educação financeira para os brasileiros mais pobres. Entre as ideias planejadas, está a inclusão financeira digital dos cidadãos.

? O objetivo é a avaliação dos efeitos do uso de novas tecnologias financeiras na vida dos cidadãos e das pequenas e médias empresas. É um projeto desafiador, mas de grande impacto e de benefícios duradouros para a sociedade como um todo ? declarou Goldfajn.

O BC também deve criar um comitê integrado com técnicos do órgão para tratar de assuntos sociais. Além disso, o órgão quer desenvolver mecanismos para soluções de conflitos entre cidadãos e o sistema financeiro do país.

? Temos acompanhado o número de reclamações de clientes bancários e também o volume de ações judiciais envolvendo consumidores e instituições financeiras, nos diversos tribunais do país ? disse.

Os projetos do BC surgem em meio às notícias de fechamento de agências do Banco do Brasil e do planejamento de redução de custos da Caixa Econômica Federal. Só o BB irá fechar 402 agências e transformar outras 379 em postos de autoatendimento.

Mais cedo, o diretor de regulação do BC, Otávio Ribeiro Damaso, disse em São Paulo que a inovação tecnológica está mudando o perfil dos serviços financeiros no país, tornando as estruturas físicas dos bancos menos necessárias.

Ontem, durante o II Fórum de Cidadania Financeira, o BC também anunciou que fará um monitoramento sobre a situação de exclusão financeira social no Brasil. Esse diagnóstico, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), será feito através do Cadastro Único para Programas Sociais, o CadÚnico.

*Estagiário sob supervisão de Eliane Oliveira