Cotidiano

Ban Ki-moon cobra de Maduro diálogo 'inclusivo' com a oposição

COLOMBIA-REBELS_CUBA-GME2PH4K2.1.jpgHAVANA – Reunidos em havana, onde acompanharam a assinautra do histórico acordo de cessar-fogo entre a Colômbia e as Farc, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reuniram em um encontro privado. O chefe da entidade cobrou de Maduro apoio a um diálogo político “inclusivo” com a oposição. maduro

De acordo com a equipe de comunicação da ONU, Ban disse a Maduro estar contente de falar com ele a sós sobre a crise política na Venezuela.

“(Ban) Insistiu ainda em que os atuais desafios socioeconômicos que o país enfrenta requerem unidade de ação por parte dos líderes políticos e do povo”, disse um porta-voz.

Ainda segundo a ONU, Ban “agradeceu Maduro pelo apoio ao processo de paz na Colômbia e aos acordos de Paris na luta contra a mudança climática”.

Dois dias antes, Maduro (alvo de um processo em tramitação para ativar u mreferendo revogatório a seu mandato) disse que está disposto ?a ver até o diabo?, para iniciar um diálogo com a oposição. Após quase seis meses de uma luta de poderes entre o Executivo e o poder legislativo, controlado pela coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), o presidente estendeu o novo convite a seus adversários, em particular a Henry Ramos Allup, presidente do Parlamento. Mas apesar do chamado para a conciliação, ele acusou dirigentes ? incluindo Allup ? de buscar ?um clima de confronto e violência interna que justifique uma intervenção no país?.

? Sou capaz de ir ver até o diabo ? disse, durante um ato na capital venezuelana, pedindo apoio para ?obrigar a MUD e Allup a se sentarem para conversar?. ? A Venezuela está exigindo o diálogo.

Num sinal de alívio da retórica, Maduro também encontrou o diplomata americano Thomas Shannon, subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, que chegou a Caracas. Shannon foi ao país a pedido do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e atendendo a um convite do governo venezuelano.

? Me parece muito bem que se deem passos certeiros para relações de respeito com os Estados Unidos: eles lá, e nós cá ? afirmou.