Cotidiano

Axl Rose e Duff McKagan dão primeira entrevista na TV após reunião do Guns N' Roses

Links GunsRIO ? Foi ao ar, neste domingo, no “Fantástico”, a primeira entrevista televisiva de Axl Rose e Duff McKagan desde que anunciaram a turnê de reunião da formação clássica do Guns N’ Roses, que, além do cantor e do baixista, conta ainda com a volta do icônico guitarrista Slash ? juntos de novo pela primeira vez em 23 anos.

No papo com o repórter Alvaro Pereira Jr. (veja na íntegra aqui), a dupla relembrou a origem do reencontro, com o convite de Paul Tollett, fundador do festival americano Coachella. “Fomos vivendo um dia de cada vez. Não fiquei planejando muito. O bacana era que estava de novo fazendo um som com o pessoal”, contou McKagan.

“Chamei Slash para um jantar na minha casa em outubro. Aí, depois de tipo uma semana, eu me encontrei com o Duff e fomos começando a conversar e planejar”, relatou Axl. “Primeiro, a gente só ia fazer umas coisas promocionais, mas acabou enrolando um pouco. Depois começamos a ensaiar, e, nos ensaios, o som ficou muito legal. Chegou a hora de tocar e tudo foi dando certo”.

Em outro momento da entrevista, o vocalista foi instigado pelo jornalista a falar sobre sua conexão com o Brasil. Há mais de 20 anos, Axl mora com uma família de brasileiros ? a santista Beta Lebeis e seus três filhos, Fernando, Vanessa e Alexandre. Beta é a secretária pessoal do músico, enquanto Fernando foi fazendo conexões no showbusiness até se tornar gerente das turnês do Guns N’ Roses.

“Eu fui escravizado há muitos anos por uma família brasileira, que me tortura e me obriga a fazer coisas… Eles me chicoteiam…”, brincou Axl. “Não, sério. Conheci Beta em 1991, ela e a família, e estamos juntos desde então. Beta me dá uma grande ajuda nos bastidores do Guns N’ Roses. A família dela me apoia muito. Fernando foi galgando posições no negócio. Trabalhou com o Guns e também em outras empresas. Carregou bagagem, cuidou do guarda-roupa, foi gerente da turnê. Então, essa família gosta desse rumo. É uma família grande, e gosto desse ambiente familiar. Dá sentimento de proteção”.

O vocalista confirmou que a banda está produzindo músicas novas e falou ainda sobre uma aguardada inclusão do baterista Steven Adler e do guitarrista Izzy Stradlin, também integrantes da formação clássica do Guns N’ Roses. Adler chegou a participar de alguns shows pontuais da turnê de reunião, mas é Frank Ferrer o baterista oficial, atualmente.

“Na real, eu não tenho ideia (quanto a participação dos dois). Quando essa turnê começou, Steven tinha acabado de ser operado da coluna. Então, não sei como ele está. Já sobre o Izzy, não sei o que dizer. Você fala com ele, acha que as coisas estão caminhando para um lado, mas caminham para outro lado. Não dá para fazer nenhuma previsão com ele. Ele faz do jeito dele, seja qual for o jeito”, lamentou. Guns N’ Roses no Fantástico

Atualmente, Axl Rose divide seu tempo entre dois empregos para lá de interessantes. Além, claro, de ser o vocalista do Guns N’ Roses em uma das turnês mais disputadas da temporada, ele ainda vem participando dos shows do AC/DC, desde que o cantor Brian Johnson teve que ser afastado por problemas médicos ? ele corria o risco de perder a audição se continuasse se apresentando ao vivo.

Segundo Axl, os companheiros de Guns dão total suporte à jornada dupla. “Enquanto o Angus (Young, guitarrista e fundador do AC/DC) quiser e estiver dando certo, eu canto com eles. E o pessoal do Guns me apoia nisso”, afirmou. “É muito radical”, confirmou McKagan. “Eu adoro, é o meu trabalho. Adoro ter um trabalho assim. Adoro o Angus ser meu chefe. E cantar as músicas do início do AC/DC, da época do Brian Johnson, isso é sinistro. Fisicamente, é outra parada, é outro tipo de trabalho. Tenho orgulho. É dureza. Depois destes aqui, tem mais alguns dias de intervalo, depois já volto a excursionar por 10 shows com o AC/DC. E, depois disso, vai ser o que o Angus quiser”, continuou Axl.

TURNÊ NO BRASIL ESTÁ PRÓXIMA

Entre os próximos compromissos de Axl, McKagan e Slash, está uma série de shows no Brasil. Em novembro, eles fazem seis apresentações no país, passando por Porto Alegre (dia 8, no Beira Rio), São Paulo (11 e 12, no Allianz Parque), Rio (dia 15, no Engenhão), Curitiba (dia 17, na Pedreira Paulo Leminski) e Brasília (dia 20, no Mané Garrincha).

“Lembro da primeira vez que a gente foi para o Brasil. Nem tinha internet ainda. Foi no início de 1991. A gente tinha ideia de como seria, mas nunca tínhamos ido ao Brasil. Eu lembro que, durante o voo, o piloto avisou que tinha começado a Guerra do Golfo. Aí, quando aterrissamos, tinha milhares de fãs no aeroporto. Nunca tinha visto isso. E depois fizemos duas noites esgotadas no Maracanã”, recordou o baixista.

No fim, o recado para os brasileiros não poderia ter sido mais direto. “Estamos indo!”, disseram os dois, com empolgação.