Cotidiano

Autora venezuelana de 12 anos lança livro na Feira do Livro de Panamá

60829608_Venezuelan author Marian Silvera poses for a photo with her book â??Mi Pasteleriaâ?- or.jpg Links livrosPANAMÁ ? Aos 12 anos, Marian Silvera é a autora mais jovem a participar da Feira Internacional do Livro de Panamá. A pequena estreante venezuela apresenta no evento “Mi pastelería” (“Minha confeitaria”, em tradução livre), também disponível em inglês, sobre uma jovem confeiteira que luta pelo sonho de abrir seu próprio negócio.

“Acho que meu amor pela leitura se tornou um amor por escrever”, disse Marian à AP, nesta quinta-feira, no estande em que exibe seu livro, em meio a autógrafos nas cópias de compradores.

A jovem contou que há muito tempo conta histórias baseados em personagens criados por ela. Passava-os para um caderno, ilustrado por ela mesma, e entregava para sua mãe, que os guardava.

Quando Marian terminou de escrever um conto sobre uma jovem que sonha em ter sua própria confeitaria, sua mãe levou uma semana para acreditar que a filha, que tinha apenas 11 anos, era a autora.

A jovem conta que escreveu a obra em inglês durante uma semana em que não teve aulas. A cada manhã, ela escreviu um pouco. Ao terminar a história, a guardou em seu computador.

“A história foi escrita em inglês e percebi que não só estava bem escrita, como tinha muita perspicácia, era divertido”, afirma Adriana Silvera, a mãe. “Era uma história excelente”.

Depois de se certificar de que a história era, de fato, uma criação de sua filha, Adriana compartilhou com uma pessoa ligada a editoras, que recomendou sua publicação.

A autora diz que o tema da história tem a ver com o fato de que ela gosta de brincar com suas amigas e fazer “bolos, cupcakes e brownies”. “É um conto de uma mulher que sonhava em ter uma confeitaria. E a história trata de tudo que ela fez para conseguir ter isso”, diz.60829746_Venezuelan author Marian Silvera holds a copy of her book â??Mi Pasteleriaâ?- or â??My.jpg

Marian espera que seu livro, que tem ilustrações de Vera Cojocaru, ajude a “inspirar jovens a perseguirem seus sonhos e não desistirem. Que eles trabalhem duro, porque, no final, o sonho pode se realizar”.

A obra ressalta ainda o valor da solidariedade. Marian conta que pensou em três finais diferentes para a história. “Mas a que mais gostei foi quando a protagonista aceitou a ajuda de sua família e de amigos para fazer a confeitaria. Eu gosto de pessoas que ajudam outras”, revela.

Marian e sua família são venezuelanos e moram no Panamá há sete anos. Seu pai é executivo de um banco e sua mãe é psicóloga.

A publicação da obra foi um esforço familiar e contou com apoio privado. O dinheiro arrecadado na venda dos livros será doado a uma fundação que provém alimentos e remédios a pessoas necessitadas no Panamá.