Cotidiano

Após seis dias de paralisação, IML do Centro retoma serviço de necropsia

RIO – Após seis dias de paralisação, as necropsias — exames necessários para a emissão da certidão de óbito — voltaram a ser realizadas nesta segunda-feira no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto (IML), na Leopoldina. De acordo com o Departamento Geral de Polícia Técnico-Cientifica, a atividade, que estava suspensa desde a última terça-feira, foi retomado após a volta do serviço de limpeza na unidade. Já os exames de corpo de delito e os laudos estavam sendo feitos normalmente.

No local, os atrasos na liberação dos corpos têm sido frequentes, devido aos atrasos sucessivos no pagamento dos salários dos funcionários da limpeza, que estavam em greve. Em abril, o instituto deixou de fazer, à noite, os serviços de necropsias.

Os corpos de pessoas mortas no Rio e que estavam no IML de Nova Iguaçu foram encaminhados na noite de domingo para o IML da Leopoldina. De acordo com a Polícia Civil, entre eles, o de Carlos Eduardo Nogueira da Silva, de 20 anos, morto na sexta-feira no Morro do Querosene, no Catumbi.

No dia 7, devido à paralisação total dos serviços de necropsia no IML da Leopoldina, seis famílias enfrentavam um drama no local até a chegada de Thiago Lacerda. Na ocasião, o instituto havia informado que não liberaria mais nenhum corpo e estava prestes a anunciar aos familiares para quais unidades do IML os cadáveres seriam encaminhados. Com a chegada do ator, por volta das 15h40m, para liberar o corpo de um tio, tudo mudou. O diretor do IML, Reginaldo Franklin Pereira, reuniu todos os presentes para informar que ele mesmo ajudaria nos procedimentos e agilizaria a liberação dos corpos até o fim do dia.

No dia seguinte, sete profissionais da unidade haviam sido transferidos para unidade de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para auxiliar nas necropsias de dez corpos que haviam sido encaminhados para lá.