Cotidiano

Alemanha detém tunisiano suspeito de ligação com ataque em Berlim

BERLIM ? Autoridades alemães prenderam um cidadão tunisiano que pode estar envolvido no ataque da semana passada em um mercado natalino de Berlim, no qual 12 pessoas foram mortas, disseram procuradores nesta quarta-feira.

O suposto autor do ataque, Anis Amri, tunisiano que teve pedido de asilo rejeitado na Alemanha, tinha o telefone celular do tunisiano de 40 anos detido agora, segundo os procuradores. Autoridades realizaram buscas em sua casa e trabalho.

?Investigações indicam que ele pode estar envolvido no ataque?, disseram procuradores, acrescentando que o suspeito foi detido. ?A extensão de suspeitas contra o detido serão apuradas após maior investigação?.

Enquanto as investigações avançam, fontes disseram que o suposto autor do atentado transitou de ônibus pela Holanda antes de passar pela França.

Dois dias depois do ataque, Amri teria viajado durante a madrugada de 22 de novembro em um ônibus da estação do terminal rodoviário de Nimega, cidade holandesa próxima à fronteira com a Alemanha, a uma hora de viagem de Amsterdã, até a estação ferroviária de Lyon-Part-Dieu (França).

Amri foi captado pelas câmeras de vigilância no dia 22 de dezembro em Lyon-Part-Dieu. Posteriormente, viajou de trem até Chambéry e dali a Milão (passando por Turim), no norte da Itália, onde foi abatido na madrugada do dia 23 durante um controle policial de rotina, após quatro dias de uma caça humana até então sem frutos.

Entre suas roupas foram encontradas passagens de trem que cobriam o trajeto Lyon-Chambéry-Milão via Turim, que havia pago em dinheiro. A análise das câmeras da estação de trem de Chambéry, nos Alpes franceses, ainda está em curso.

As investigações prosseguem para determinar sobretudo como abandonou a capital alemã após o massacre para chegar até a Holanda burlando a polícia.

Outros três parentes do suposto assassino, incluindo um sobrinho, foram detidos no sábado na Tunísia. Este último confessou estar em contato com o seu tio através do aplicativo criptografado Telegram, de acordo com o ministério do Interior da Tunísia. Segundo o ministério, ele também informou ter jurado lealdade, assim como Anis Amri, ao Estado Islâmico (EI).

A prioridade dos investigadores é averiguar se uma rede de apoio contribuiu para o atentado realizado com um caminhão roubado, e a fuga do suspeito.