Cotidiano

À espera de corte nos juros, dólar abre em queda, a R$ 3,195

RIO – O dólar comercial abriu em queda de 0,12%, vendido a R$ 3,195, com investidores aguardando a decisão do Banco Central sobre juros, que será anunciada após o fechamento do mercado, ao fim do segundo dia de reunião do Comitê de Política Econômica da autarquia.

Também de olho no resultado do encontro, os juros futuros operam em ligeira queda: os contratos para janeiro de 2018 são negociados a 11,31%, com recuo de 0,03 ponto percentual, e os papéis com vencimento em janeiro de 2021 operam a 11,09%, declínio de 0,01 ponto percentual.

As expectativas se dividem entre corte de 0,5 ponto percentual e 0,75 ponto percentual. No último boletim Focus, levantamento feito pelo BC junto a mais de cem instituições financeiras, a maior parte dos economistas apontava corte de 0,5 ponto percentual, que levaria a Selic a 13,25% ao ano. Contudo, a pesquisa se refere à semana anterior, e as previsões vêm sofrendo revisões nos últimos dias. Será o terceiro corte seguido da taxa, após quatro anos. A primeira redução, de 0,25 ponto percentual, aconteceu em outubro, quando a Selic estava em 14,25%. O segundo corte, da mesma magnitude, aconteceu no mês seguinte. Em dezembro não houve reunião. Conforme o Focus, a Selic deve chegar a dezembro em 10,25% ao ano.

No mercado internacional, o dólar opera em alta contra seus pares. O Dollar Index Spot, que compara a moeda americana com outras dez divisas globais, avança 0,3% nesta quarta-feira. No exterior, os mercados se mantêm, desde ontem, em compasso de espera, em virtude do pronunciamento que Donald Trump fará hoje em sua primeira entrevista coletiva à imprensa desde julho. A dez dias da posse, os investidores esperam que o presidente eleito dê indicações sobre sua política econômica, após ter prometido durante a campanha eleitoral empregar uma política de estímulo fiscal.

Ontem, a moeda americana fechou estável, cotado a R$ 3,199 para venda, alta de apenas 0,03%, com o mercado já aguardando a reunião do Copom e, ainda, sob impacto do sucesso da emissão feita na segunda-feira pela Petrobras. A Bovespa, por sua vez, avançou 0,7%, impulsionada pela disparada das ações da Vale.

Na Europa, aos principais índices operam em alta. Em Londres, o FTSE 100, ganham 0,24%. O DAX, de Frankfurt, opera com alta de 0,33%. Em Paris, o CAC 40 tem valorização de 0,21%.

Na China, as bolsas recuaram pelo segundo dia, pressionadas pelo aumento na oferta de ações e com os investidores realizando lucros em ações estatais, que haviam se valorizado com as expectativas de reforma. O índice CSI300, de Xangai e Shenzhen, recuou 0,7%, enquanto o índice SSEC, de Xangai, teve queda de 0,77%.

Outros mercados da Ásia tem alta com investidores aguardando a entrevista de Trump. Em Tóquio, o Nikkei avançou 0,33%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,84%.