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5 passos para não errar na planilha de orçamento de obras

Existem diversos softwares que podem ajudar, mas mesmo com o software mais moderno, ele não irá fazer tudo sozinho pra você

Foto;Divulgação
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Você é engenheiro ou responsável por uma obra e está absolutamente perdido em como listar tudo que precisa gastar e comprar na planilha de orçamento.

Aliás, só de ouvir a expressão “planilha de orçamento” você já perde o sono.

Você já fez algumas pesquisas e viu que há diversos softwares que podem te ajudar nisso, mas não tem a menor ideia como esses softwares funcionam ou está totalmente sem dinheiro pra adquirir um deles.

Então, só sobra o Excel.

Mas você também não é familiarizado com o Excel, acha complicado e está perdido em o que colocar e como fazer essa tal planilha de orçamento da sua obra dar certo.

Primeiro de tudo, calma! Há solução para o seu problema.

Hoje vamos listar 5 passos que você deve tomar para não errar na planilha de orçamento de obras.

Pra começar, confiar só no Excel para toda a planilha, caso você não esteja absolutamente familiarizado em como o Excel funciona, com suas fórmulas e gráficos, pode ser mais difícil, sobretudo pra quem é iniciante.

Realmente, existem diversos softwares que podem ajudar, mas mesmo com o software mais moderno, ele não irá fazer tudo sozinho pra você e ainda assim, você terá que ter o conhecimento de como “alimentar” o software com as informações corretas, senão não adianta nada.

Portanto, vamos listar 5 passos para você não cometer erros na planilha de orçamento de obras, seja você usuário do Excel ou de um software específico para isso.

1 – Fazer A Composição de Preços Para Cada Serviço do Projeto

A composição de preços nada mais é do que todos os custos envolvidos em um serviço. Geralmente, a composição é feita para uma unidade de serviço e envolve o material, a mão de obra e o equipamento.

Para fazer uma boa composição, obviamente é bom consultar um histórico, pois assim se terá uma ideia e com isso, fazer os ajustes necessários.

É importante lembrar que em alguns serviços há necessidade de incluir os encargos e sempre também lembrar que no custo da mão de obra também tem que estar computados os encargos sociais da contratação.

Existem bancos de dados de composições de preços, que você pode consultar gratuitamente ou ter acesso pago a elas. Alguns exemplos são o FDE (Fundo Para o Desenvolvimento da Educação), que pode auxiliar bastante em obras de escolas, por exemplo.

SINAPI e DER-SP também oferecem boas opções de composições gratuitas.

Se optar por uma base paga, o TCPO da Pini tem boas recomendações.

2 – Saber Os Custos Diretos e Custos Indiretos da Obra

Se você fez a primeira parte da planilha corretamente, já deve ter uma ideia, portanto do custo direto da obra. Existem diversos cursos online de orçamentos de obras, o pessoal do total construção fez uma lista.

Todos os custos não computados no custo direto tem que ser calculados no custo indireto.

Esses custos indiretos são os fatores que não estão necessariamente e diretamente ligados à obra em si, mas são fatores que permitem que a obra corra tranquilamente e dentro do prazo.

Exemplo, administração, custo financeiro, imprevistos, riscos ou contingências são todos custos indiretos de uma obra e devem constar em sua planilha.

3 – Inserir Impostos e Definir o Lucro Desejado

Parece óbvio, mas não é. O lucro tem que ser definido e colocado na planilha, sendo retirado não são os custos diretos e indiretos, como também os impostos.

O Brasil é um dos país que mais se paga impostos no mundo e é necessário um profundo conhecimento nessa área.

Se você não se sente confiante nesse ponto, peça ajuda a um contador.

Lembre-se que é necessário incluir, sempre, os benefícios e despesas não só com a mão de obra, mas muitas vezes com a contratação de serviços.

4 – Encontrar o Preço de Venda

Quanto você vai cobrar pela obra toda? Entendeu por que a planilha tem que estar bem feita?

Se você for “vender” sua obra, obviamente essa planilha vai ser questionada pelo empreendedor. Portanto, os dados têm que ser corretos e não baseados em “achismo”.

E você tem que saber qual será seu preço de venda, baseado no lucro que deseja e também no mercado que procura.

Não adianta tentar vender uma reforma de um milhão de reais para um apartamento cujo preço médio de venda do imóvel é de R$200.000,00. Ninguém vai contratar essa obra, por melhor que ela seja.

Faça sua planilha com calma, baseado no histórico e consultando bases de dados, sempre pedindo ajuda a outros profissionais quando necessário.

Você só tem a ganhar com isso.

 

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