Um conjunto de fotos de brincadeiras, encontros, momentos de descontração e terapias de Artur Samuel de Souza, 8 anos, estudante do CAU (Colégio de Aplicação da Univali), é apresentado na exposição “O pensar e agir do Artur: respeitando o tempo”. A mostra estará na Univali (Universidade do Vale do Itajaí), na Biblioteca Comunitária – Câmpus Itajaí, de 1º a 15 de junho.
A proposta nasceu a partir do desejo dos pais de Artur, Marisa de Freitas Souza e Nilmar de Souza, funcionário da Univali, de compartilharem experiências e conhecimento sobre a síndrome de Down.
A exposição conta com 19 painéis fotográficos, de autoria de Lilian Santos.
No trabalho, são retratados diferentes momentos do menino, desde ações rotineiras, até brincadeiras e terapias direcionadas, no intuito de evidenciar a importância da estimulação para crianças com a síndrome.
Artur estuda no CAU desde os três anos de idade, está no 2º ano do Ensino Fundamental e desde os dois meses recebe estimulação essencial ao seu desenvolvimento. Ele já teve aulas de natação e de musicalização. Atualmente, faz equoterapia e suas estimulações incluem fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional, além do apoio de uma psicopedagoga para auxiliar em seu desenvolvimento educacional.
“Ele é comunicativo, adora música, gosta de cantar, dançar, brincar e passear. Achamos importante compartilhar a nossa história para motivar outras famílias a investirem no trabalho de estimulação e também para socializarmos informações, por meio da própria trajetória do Artur, sobre a síndrome de Down”, afirma a mãe, que é formada em Administração e Pedagogia na Univali.
A visitação à mostra ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h, e sábado, das 9h às 15h.
CNA lança guia gratuito para inclusão
A síndrome de Down atinge cerca de 270 mil pessoas no Brasil, o autismo afeta em torno de 2 milhões de brasileiros, aproximadamente 17% da população mundial convive com a dislexia e o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) atinge aproximadamente 4% de pessoas no mundo. Atualmente, cerca de 640 mil alunos com deficiência estão matriculados no Ensino Médio brasileiro, o que representa um desafio para os professores na hora de incluir adequadamente esses estudantes no cotidiano das escolas.
Pensando nisso, a rede de idiomas CNA lança a publicação “Entender para incluir: guia CNA para o trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais”. Trata-se de um material gratuito, que estará disponível para todos os professores brasileiros, com o objetivo de ampliar o acesso à educação de estudantes com autismo, síndrome de Down, dislexia e TDAH.
A inclusão de alunos sempre foi algo essencial para o CNA. Já há dez anos a rede produz materiais didáticos adaptados em braile (para alunos com deficiência visual) e com imagens aumentadas (elaborados para alunos com baixa visão), além de oferecer uma alternativa para alunos com deficiência motora, que realizam as atividades das aulas em livros adaptados no formato PDF.
“Nosso propósito é educar para o desenvolvimento das pessoas e a construção de uma sociedade melhor. É essencial para o futuro do país que todos os alunos consigam percorrer a jornada de aprendizagem até a realização plena de seu potencial”, afirma Marcelo Barros, diretor de Educação do CNA.
O “Entender para incluir: guia CNA para o trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais” está disponível para download. A previsão é de que essa seja a primeira de uma série de edições abordando os diferentes aspectos de inclusão na educação contemporânea