O ano letivo de 2020 do Colégio Estadual Professora Carmelita de Souza Dias, de Foz do Iguaçu, teve início em um ambiente diferente do habitual para alunos e funcionários. Após interdição feita pela Defesa Civil por problemas estruturais, as aulas serão ministradas provisoriamente no câmpus da Unioeste Foz do Iguaçu, enquanto são realizadas reformas nas dependências da escola, no Bairro Porto Belo. A estimativa é de que as obras durem cerca de 150 dias.
A cessão do espaço foi atendida pela universidade após solicitação feita pelo governo do Paraná (mesmo mantenedor da instituição). A princípio, a solicitação é de seis meses. São em torno de 500 estudantes, divididos nos turnos matutino e vespertino, além de professores e servidores. Ao todo, serão dez salas para a realização das aulas e para acomodar a direção do colégio, além de cozinha e refeitório.
Segundo a diretora da escola, professora Dulce Pereira Lomba, o prédio do Carmelita enfrentava problemas com sistema elétrico. “Em muitos momentos era perceptível um cheiro muito forte de queimado na rede elétrica. Então, por medida de segurança dos nossos alunos, professores e todos que circulavam pela escola, a escola foi interditada pela Defesa Civil”, relata.
A diretora disse também que, desde maio do ano passado, devido ao trâmite com o processo de licitação para as reformas, a comunidade escolar precisou ser acomodada em outros três colégios do Município.
Compromisso com a escola pública
O funcionamento temporário da escola no mesmo espaço de uma instituição de ensino superior, embora não seja a realidade adequada para alunos e funcionários do colégio, reforça o compromisso da Unioeste com a escola pública e com a formação de professores, avalia o diretor-geral do câmpus, Fernando José Martins.
“O atendimento dessa demanda vai ao encontro de uma série de princípios e ações da vida universitária, e pode ser visto como uma oportunidade mais próxima de desenvolvimento de ações, projetos e estágios com a escola pública”, pontua.
O diretor-geral antecipa ainda que serão feitas readequações na disposição de espaços para os cursos da Unioeste diretamente afetados, uma vez que o ano letivo da universidade começa em março. “Temos ciência de que vai haver influência no cotidiano universitário, e estamos trabalhando para harmonizar de melhor forma a temporada da escola em nossos espaços”, disse Martins.