No Paraná, a educação vai até quem precisa. Graças ao Sareh (Serviço de Atendimento da Rede de Escolarização Hospitalar), da Secretaria de Estado da Educação, 46.203 estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, Educação Profissional e da EJA (Educação de Jovens e Adultos) receberam atendimento educacional enquanto estiveram impossibilitados de frequentar a escola em função de tratamento de saúde.
Nos quase 12 anos de existência, o serviço atendeu 43,9 mil estudantes em hospitais e 2,3 mil nas casas dos próprios alunos, proporcionando a continuidade do processo de escolarização, inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar. O serviço é ofertado pela Secretaria da Educação, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, em 19 instituições hospitalares.
“É um desafio ofertar a escolarização para uma criança que não está em uma sala de aula, que às vezes está em um momento de fragilidade, de angústia, longe dos amigos e da família. Mas, quando a professora entra no quarto do hospital, eles ficam felizes e reconhecem o vínculo com o professor”, disse a pedagoga Luciane Costa Simões da Silva, coordenadora do Sareh no Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.
Para não perder nada
A dona de casa Maria Aparecida Machado acompanhou de perto a revisão dos exercícios de Matemática do neto Gabriel Henrique Cruz Machado, de 14 anos, enquanto ele se recupera de uma cirurgia de retirada das amígdalas. Ela contou que a oferta da educação hospitalar permitiu que o neto não perdesse conteúdos durante os dias de recuperação. “Ele pôde continuar estudando e quando voltou para a escola acompanhou os outros alunos.”
Como funcniona
Nos hospitais, os estudantes são acompanhados por três professores que atuam nas áreas de humanas, exatas e linguagem, além de um pedagogo. Em casa, o atendimento é feito por professores e o acompanhamento pelo pedagogo da escola onde o aluno está matriculado.
Os estudantes são atendidos individualmente de acordo com o Referencial Curricular. Os professores fazem uma avaliação individual para diagnosticar o que o aluno estava aprendendo em sua escola antes de iniciar o tratamento de saúde. “Conversamos com os pais e com os alunos para fazer a adaptação conforme as necessidades do aluno, conhecimentos, dificuldade e a parte clínica”, explicou Luciane.
Foto: Geraldo Bubniak/ANPr