Foz do Iguaçu – Profissionais da educação que atuam na rede pública municipal de Foz do Iguaçu decidiram instaurar estado de greve contra as aulas presenciais incluídas no formato híbrido (presencial + remoto) apresentado pela Secretaria Municipal de Educação. Em assembleia promovida pelo Sinprefi (Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu), 91,3% dos 300 participantes deliberaram pelo estado de greve, que é um alerta para uma possível paralisação.
Em Foz, o início das aulas foi adiado para 1º de março.
A proposta do sindicato é manter o atendimento remoto como vinha sendo por parte dos profissionais até que haja condições sanitárias que possam dar segurança para proteção da saúde de toda a comunidade. “Não estamos defendendo apenas as nossas vidas, a movimentação em escolas e Cmeis impacta profundamente nas comunidades”, manifestou a diretora de políticas sindicais do Sinprefi, Viviane Jara Benitez.
Segundo ela, a volta às aulas presenciais neste momento poderia colapsar o sistema de saúde e resultar em muito mais mortes.
Diretores do sindicato integram o Comitê de Volta às Aulas do Município, formado por representantes de vários setores ligados à educação, inclusive da área da saúde, para analisar as condições de retomada das aulas presenciais nas unidades escolares do Município.
Todos os leitos de UTI covid-19 do Hospital Municipal estão ocupados há quatro dias. “Nossa decisão é manter estado de greve até que haja condições de retomar as aulas presenciais com segurança, até que haja vacinação para todos e que o avanço da covid-19 esteja contido”, afirma a presidente do Sinprefi, Marli Maraschin de Queiroz.