Professora do curso de Matemática da Unioeste, Fabiana Garcia é coordenadora regional da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) desde de 2006 e coordena também o projeto de extensão intitulado “Resolução de Problemas da OBMEP para alunos dos Colégios Estaduais de Cascavel”, realizado desde abril de 2018.
A primeira escola a participar foi o Colégio Estadual Horácio Ribeiro dos Reis, situado no Jardim União, em Cascavel. O projeto tem como objetivo principal incentivar a participação dos alunos na Olimpíada de Matemática e melhorar a qualidade do ensino básico.
Doze alunos do Colégio Horácio participaram assiduamente do projeto, que era realizado todas as terças-feiras nas dependências do colégio durante dois meses. Segundo Fabiana, os resultados foram excelentes, “dos doze, três alcançaram um certificado de menção honrosa. Grande sucesso tendo em vista que o projeto aconteceu em um período pequeno”.
As alunas do 2º ano de Matemática da Unioeste, Mariana Garcia e Fernanda Jonh, tiveram participação direta no projeto, desde a montagem das aulas, estudo dos exercícios da prova, procura do melhor método de ensino, até execução das aulas.
De acordo com a coordenadora, o propósito do projeto é estimular e promover o estudo da Matemática, resgatando conteúdos já abordados, mas que oferecem muitas dificuldades aos alunos no decorrer de sua trajetória escolar, “pretendemos, com a oferta das aulas, contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando que um maior número de alunos possa ter acesso a material didático de qualidade, contribuindo para a integração das escolas brasileiras com as universidades públicas, promovendo a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.”
Como funciona
O projeto incluía alunos do nível 1, que foram classificados para a segunda fase da OBMEP, sendo assim, o interesse desses alunos era maior. A acadêmica do 2º ano de Matemática Fernanda Jonh acredita que todos os colégios deveriam ter esse tipo de projeto introduzido no ensino, “pois motiva o aluno a querer aprender sempre mais.”
Segundo Fabiana, o projeto terá sequência este ano. Começa com os alunos de seis anos para acompanhá-los durante todo o ensino básico.
Ela conta também que pretende estimular o gosto pela matemática: “Acredito também que conseguimos despertar nesses alunos o gosto pela matemática e desmitificar o fato de que essa matéria é difícil e para poucos.”