Educação

Estilo de aprendizagem faz diferença no vestibular

Anotar, ouvir ou realizar testes: cada estudante tem maior facilidade com uma metodologia de estudo

Estilo de aprendizagem faz diferença no vestibular

As pessoas são diferentes umas das outras, incluindo o modo como aprendem. Segundo estudos da neurolinguística, existem três diferentes formas de percepção de informação: visual (que aprende vendo); auditivo (que aprende ouvindo); e cinestésico (que se aproveita dos sentidos relacionados ao movimento para guardar informações – aquele que aprende fazendo).

Cada indivíduo, em regra, tem predominância em um desses. Para os vestibulandos, conhecer qual o estilo predominante para si mesmo pode ser um diferencial para se preparar para as provas.

Nos corredores e nas salas de cursinhos não é difícil encontrar alunos com apostilas grossas, cheias de anotações, com cada detalhe do que foi aprendido. Outros, mais auditivos, preferem prestar atenção e ouvir muito bem o que o professor explica, talvez até gravar para ouvir novamente mais tarde. E, aqueles mais cinestésico, fazem dos familiares e amigos seus próprios estudantes, pois aprendem melhor quando ensinam, se movimentando ou falando sobre aquilo que aprenderam.

“Em geral, eu percebo que a maioria dos alunos gosta de ler a teoria e fazer testes. É raro o aluno que fica só na teoria e não tão raro alunos que ficam só nos testes. Porém, tanto uma quanto outra acho que são formas equivocadas. A melhor maneira é o aluno dedicar um tempo para estudar a teoria e fazer tantos testes quanto possível”, instrui o professor e orientador do Curso Positivo, Luiz Fernando Cordeiro.

Quanto ao método de anotar, o professor conta que isso não é uma unanimidade: “Alguns alunos preferem ficar observando, ouvindo e vendo o professor, mas sem o hábito de anotar. Mas isso são alguns. Vários alunos preferem anotar, às vezes o conteúdo da lousa, algum detalhe do slide, alguns até o que o professor está falando. E eu vejo uma quantidade expressiva de alunos que gostam de anotar porque enquanto ele anota, isso o ajuda a manter a atenção durante a aula, evita a dispersão”, expõe. “Já gravar a aula é muito raro vermos, porque, na preparação do vestibular, o tempo é muito curto, então, gravar pra depois ouvir depois é um desperdício de tempo”.

Ele conta que, em seu trabalho de orientação com os alunos, tenta encontrar um equilíbrio entre as formas que aquele estudante mais aprende para que a leitura, a resolução de exercícios e os simulados se complementem. “O que devemos lembrar é que, no vestibular, é importante que o aluno tenha o conhecimento necessário para realizar a prova, independente da forma pela qual ele adquiriu esse conhecimento. O mais importante é aprender”.

E aprender utilizando os meio mais efetivos para si foi o que levou Lucas Fritzen, aluno do Curso Positivo, a conquistar uma vaga de Medicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Lucas conta que sempre misturou bastante os métodos de estudo, mas que tem predominância cinestésica e auditiva: “Eu fazia muitos testes, como forma de revisar e até aprender coisas novas, e nunca anotava nada nas aulas, prestar atenção na explicação do professor era o suficiente para que eu absorvesse a informação e conseguisse revisar depois”, explica.

Para saber qual o estilo de aprendizagem é predominante, o aluno pode fazer o teste abaixo e otimizar seu tempo de estudos, de modo que tire proveito de suas facilidades:

 

  1. Eu gostaria mais de fazer este exercício:
  2. Por escrito
  3. Oralmente
  4. Realizando tarefas

 

 

  1. Gosto muito de ganhar um presente que seja:
  2. Bonito
  3. Sonoro
  4. Útil

 

 

  1. Tenho mais facilidade de lembrar nas pessoas:
  2. A fisionomia.
  3. A voz.
  4. Os gestos.

 

 

  1. Aprendo mais facilmente:
  2. Lendo.
  3. Ouvindo.
  4. Fazendo.

 

 

  1. As atividades que mais me motivam são:
  2. Fotografia, pintura.
  3. Música, palestra.
  4. Escultura, dança.

 

 

  1. Na maioria das vezes prefiro:
  2. Observar.
  3. Ouvir.
  4. Fazer.

 

 

  1. Ao me lembrar de um filme, vem a minha mente:
  2. As cenas.

b.Os diálogos.

  1. As sensações.

 

 

  1. Nas férias, gosto mais de:
  2. Conhecer novos lugares.
  3. Descansar.
  4. Participar de atividades.

 

 

  1. O que mais valorizo nas pessoas é:
  2. A aparência.
  3. O que elas dizem.
  4. O que elas fazem.

 

 

  1. Percebo que alguém gosta de mim:
  2. Pelo jeito de me olhar.
  3. Pelo jeito de me falar.
  4. Por suas atitudes.

 

 

  1. Meu carro preferido tem principalmente que ser:
  2. Bonito.
  3. Silencioso.
  4. Confortável.

 

 

  1. Quando vou comprar algo procuro:
  2. Olhar bem o produto.
  3. Ouvir o vendedor.
  4. Experimentar.

 

 

  1. Tomo decisões com base principalmente no que:
  2. Vejo.
  3. Ouço.
  4. Sinto.

 

 

  1. Em excesso, o que mais me incomoda é:
  2. Claridade.
  3. Barulho.
  4. Ajuntamento

 

 

  1. O que mais me agrada em um restaurante:
  2. O ambiente.
  3. A conversa.
  4. A comida

 

 

  1. Em um show, valorizo mais:
  2. A iluminação.
  3. As músicas.
  4. A interpretação.

 

 

  1. Enquanto espero alguém, fico:
  2. Observando o ambiente.
  3. Ouvindo as conversas.
  4. Andando, mexendo com as mãos.

 

 

  1. Eu mais me entusiasmo quando:
  2. Me mostram.
  3. Me falam.
  4. Me convidam para participar.

 

 

  1. Ao consolar alguém, procuro:
  2. Mostrar um caminho.
  3. Levar uma palavra.
  4. Dar um abraço.

 

 

  1. O que mais gosto em uma fogueira é:
  2. Olhar as chamas.
  3. Ouvir o crepitar da madeira.
  4. Sentir o calor

 

 

RESULTADO

Agora some quantas vezes você indicou cada letra e multiplique por cinco para obter os percentuais. Veja qual letra teve o maior resultado e confira abaixo qual seu método de aprendizado.

 

  1. Visual
  2. Auditivo
  3. Cinestésico