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Ciências Biológicas da FAG levanta dados sobre impactos da quarentena na qualidade do ar

FAG - Nesta sexta-feira é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente

Ciências Biológicas da FAG levanta dados sobre impactos da quarentena na qualidade do ar

Reduzir os níveis de poluição atmosférica é uma necessidade do planeta, e há muito tempo o tema é pauta dos ambientalistas. Com o avanço do coronavírus pelo mundo, alguns hábitos mudaram para prevenir o contágio. As medidas de isolamento impactaram na diminuição do consumo e na mobilidade, desta forma os carros em circulação diminuíram e as atividades industriais também.

O dia 5 de junho é dedicado ao meio ambiente. O curso de Ciências Biológicas do Centro FAG realizou estudo a fim de levantar informações sobre as consequências do isolamento social e a qualidade do ar. De forma didática, o conteúdo foi divulgado no perfil do curso no Instagram. A proposta do informativo Bio News é voltada à conscientização da comunidade em realizar ações que reduzam os efeitos nocivos ao meio ambiente.

Com a pandemia, grandes cidades como São Paulo, tiveram um período de quarentena estendido. Sem circulação de carros e transporte público, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) registrou queda de 50% na poluição. “Além disso, dados recentes da Agência Espacial Europeia mostraram em imagens de satélite uma enorme redução de dióxido de nitrogênio, um gás produzido com a queima de combustíveis fósseis e um dos indicadores da poluição atmosférica”, relata a professora Patrícia Galvão, responsável por reunir os dados.

A poluição atmosférica causa vários impactos ambientais, como a intensificação do efeito estufa, chuva ácida e doenças respiratórias. As fontes de liberação de poluentes são indústrias, veículos automotores e queimadas. “Desde os primórdios do desenvolvimento das sociedades, a começar com a revolução industrial, são registrados altos índices de poluição atmosférica, e, desde então, ocorreram alguns marcos históricos e extremamente prejudiciais para o planeta, por exemplo, o grande Nevoeiro em Londres no ano de 1952, que tomou conta da cidade e foi responsável por cerca de 12 mil mortes”, lembra a docente.

O estudo é um apanhado de reportagens exibidas pela BBC e pela CNN Brasil e dados de institutos de pesquisas. “A BBC exibiu uma reportagem em março deste ano com as imagens de satélite da Nasa que mostram queda na poluição da China durante esse período. Acredita-se que esse fato se deve, pelo menos em parte, ao declínio da atividade industrial”.

A CNN Brasil transmitiu uma notícia referente à diminuição de poluentes atmosféricos em abril, “quando moradores do estado de Punjab, no norte da Índia, registraram fotos da cordilheira do Himalaia, os mesmos relataram que há décadas não viam os picos das cadeias de montanhas”.

Apesar de as notícias serem boas para o meio ambiente, a professora esclarece que, para revertermos os danos causados à natureza, é necessário modificar os hábitos por anos. A quarentena, apesar de vir acompanhada do medo da pandemia, mostrou que é possível melhorar a condição do planeta. “Chegou a hora de mudarmos. Trocar os carros pelas bicicletas e diminuir o consumo já seria um bom começo!”