Toledo – A Secretaria de Saúde de Toledo apresenta dados estatísticos referentes ao número de pacientes da Unidade de Pronto-Atendimento Doutor José Ivo Alves da Rocha, na Vila Becker. As informações são referentes aos casos que necessitavam um encaminhamento hospitalar. Quando isso ocorre, o médico responsável solicita uma vaga para a Central de Leitos Hospitalares, o chamado “clique”.
No período de outubro a dezembro de 2017 a UPA clicou 396 pacientes. Destes, 338 foram transferidos. Ou seja, 85% do total de clicados. Outros 45 receberam alta médica, pois tiveram melhora, seis receberam alta à pedido e sete evadiram-se do local.
Dos pacientes transferidos, 110 foram de imediato, 63 em até um dia e 36 em até dois dias. Ou seja, 61,80% dos pacientes conseguiram uma vaga hospitalar em até 48 horas.
O diretor clínico e coordenador do Consamu da UPA, o médico Renato dos Santos Costa, explica que para o paciente, quanto antes ele conseguir sair da UPA e entrar em uma unidade hospitalar é melhor pra ele. “Existe alguns canais pra isso. Aquele paciente que não é tão grave, mas que precisa do acompanhamento de um especialista em uma unidade hospitalar é então clicado na Central de Leitos para poder aguardar o chamamento de um hospital”, pontua.
O hospital de referência em Toledo é o Bom Jesus. “Além do Bom Jesus, nós também recebemos o chamamento de pacientes de outros hospitais, como o Hospital Universitário, o São Lucas e o Salete, todos de Cascavel. Sempre dependemos da iniciativa e da disponibilidade de vagas do hospital. Por isso alguns podem demorar um pouco mais e outros casos o atendimento ser imediato”.
Ele acrescenta que as transferências não dependem da equipe médica, nem administrativa da UPA ou mesmo do Município. Para conseguir a vaga é necessário que o hospital acesse o pedido na Central de Leitos do Estado. Já os pacientes graves são regulados via Samu ou diretamente com a unidade hospitalar.
O secretário de Saúde, Thiago Stefanello, reforça a importância da qualidade do clique. “O ideal seria que todos os pacientes fossem transferidos antes de 48h. Mas sabemos da dificuldade em encontrar leitos resolutivos na nossa região, e reconhecemos o esforço do Consamu e da Central Estadual de Leitos. Nesses últimos três meses, além dos pacientes que foram transferidos antes de 48 horas, podemos ressaltar que 32% tiveram transferência imediata, o que muitas vezes ocorreu com o helicóptero do Consamu custeado pelo governo do Estado”, acrescentou.