RIO Um turista alemão identificado como Oliver Pats, de 51 anos, morreu na manhã desta quarta-feira ao cair de um precipício no famoso parque arqueológico de Machu Picchu, no Peru. De acordo com as autoridades locais, ele se desequilibrou e despencou de uma altura de aproximadamente cem metros ao tentar fazer uma selfie.
Ao diário peruano El Comercio, representantes da Secretaria Regional de Cultura de Cusco informaram que o turista burlou as medidas de segurança ao deixar a trilha destinada a visitantes e ingressar em uma zona restrita, muito perto do barranco.
O acidente aconteceu por volta das 11h45, mas as equipes de resgate só conseguiram chegar ao local onde o turista caiu por volta das 16h. O corpo foi levado para o necrotério de Cusco.
Casos de pessoas que morreram ao tentar fazer selfies estão se tornando comuns. Em setembro do ano passado, um japonês morreu após cair de uma escada na entrada do monumento Taj Mahal, na Índia, enquanto fazia uma foto de si mesmo. Um amigo que estava com ele também caiu, mas apenas quebrou a perna. No mês anterior, um americano do estado do Texas morreu com um tiro na garganta ao tentar fazer uma selfie com uma arma na mão.
Em outubro do ano passado, o jovem russo Andrey Retrovsky morreu ao cair do alto de um edifício, quando tentava se fotografar. O mesmo ocorreu com uma russa de 21 anos. Ela caiu de uma ponte perto do Centro Internacional de Negócios de Moscou ao tentar posar para uma foto usando seu próprio celular.
Na Rússia, aliás, o governo realizou uma campanha para conscientizar às pessoas sobre o perigo das selfies em locais arriscados. “Nem um milhão de 'likes' nas redes sociais valem tanto quanto a sua vida e seu bem-estar”, alertou o Ministério do Interior.
A cidade indiana de Mumbai (Bombaim) declarou 16 “áreas sem-selfie”, após um aumento no número de mortes relacionadas ao modismo A Índia é, por sinal, o país com maior número de pessoas que morreram enquanto tiravam fotos de si mesmas, com 19 das 49 mortes ligadas a selfies registradas no mundo inteiro desde 2014, de acordo com a Priceonomics, um provedor de serviços de dados baseado em San Francisco, nos EUA..