NOVA YORK – Após uma reunião neste domingo (25) com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, o candidato republicano Donald Trump prometeu que reconhecerá Jerusalém como a capital “unificada” de Israel, se for eleito presidente dos Estados Unidos. O encontro privado de cerca de uma hora aconteceu na residência do magnata, a Trump Tower, em Nova York, na véspera do primeiro debate presidencial contra sua oponente, a democrata Hillary Clinton.
De acordo com um comunicado fornecido pela campanha do republicano, o candidato sinalizou apoio ao movimento controverso da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, ao reconhecer “que Jerusalém tem sido a eterna capital do povo judeu por mais de três mil anos e que os Estados Unidos, sob uma administração Trump, vai finalmente reconhecer Jerusalém como a capital indivisível do Estado de Israel”.
Os palestinos criticaram com veemência a promessa de Trump. “Esta declaração menospreza o direito internacional e a política praticada há muito tempo pelos Estados Unidos sobre o estatuto de Jerusalém, em particular a ocupação e anexação ilegal de Jerusalém Oriental”, afirmou o número dois da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erakat, em um comunicado.
O tema Jerusalém é um dos mais complexos do conflito israelense-palestino.
Israel ocupou a metade oriental de Jerusalém durante a guerra contra os árabes em 1967 e a anexou a seu território em 1980, declarando a totalidade da cidade como sua capital.
Os palestinos querem Jerusalém Oriental como a capital do Estado a que aspiram.
Estados Unidos e a maioria dos países membros da ONU não reconhecem a anexação de Jerusalém e consideram que o estatuto definitivo do território é um tema chave que deve ser solucionado em negociações de paz com os palestinos.