Reportagem: Juliet Manfrin
Foz do Iguaçu – A previsão de temperaturas acima dos 30ºC na região oeste do Paraná a partir deste fim de semana indica um veranico nesta reta final o inverno. A estação mais gelada do ano chega ao fim em clima de auge do verão. A primavera chega oficialmente no próximo dia 23.
Porém, ao que tudo indica, o frio, que foi pouco neste ano, já se despediu. As áreas de instabilidade que avançaram sobre o Paraná nessa sexta-feira (6) não devem se dissipar por inteiro neste sábado, feriado da Independência. Aliás, os desfiles cívicos pela região prometem ser abaixo de um calorão de mais de 30ºC, mesmo que o céu esteja parcialmente nublado, o que só vai aumentar a sensação de abafamento e de calor, é claro.
Essas condições seguem assim pelos próximos dias. Neste domingo a mínima deve ser de 22ºC e a máxima pode chegar a 33ºC. O pico nas temperaturas promete ser sentido na segunda-feira, com até 36ºC nos termômetros de Foz do Iguaçu. Aliás, condição que se repete em praticamente todos os municípios lindeiros ao Lago de Itaipu. Mesmo em Cascavel, considerada uma das cidades mais frias da região, os termômetros poderão alcançar os 33ºC.
Estiagem
A chuva que mal deu as caras depois de 50 dias de estiagem só deve voltar no próximo fim de semana, mesmo assim as previsões indicam um volume não superior aos 10 milímetros.
A boa notícia, para quem não gosta do calor extremo, é que essa instabilidade vem com o avanço de uma frente fria, reduzindo um pouco as máximas. Contudo, as temperaturas mínimas devem ficar na casa dos 16ºC, enquanto a máxima a partir da quarta já volta para a faixa dos 28ºC e subindo.
Primavera chega com poucas chuvas e muito calor
Por falar em primavera, segundo o Climatempo, o El Niño está enfraquecido e há possibilidade de que ele se desconfigure de vez durante a primavera.
Ou seja, é possível que haja alguns impactos na agricultura brasileira, como temperatura acima da média nas regiões produtoras, atraso nas chuvas ou pancadas irregulares que, apesar de ocorrerem em forma de temporais, devem ser mal distribuídas.
Durante o início de outubro, existe um grande risco de que a chuva não consiga se espalhar pelo País. Dessa forma, ela deve ficar mais concentrada na Região Sul do Brasil devido à passagem de algumas frentes frias. Além disso, a umidade proveniente da Amazônia deve ter mais dificuldade de se espalhar e, consequentemente, as chuvas devem ser menos abrangentes e muito irregulares.
Mesmo que a chuva fique abaixo da média em outubro, não se pode descartar a ocorrência de temporais, mas que não devem ser persistentes.
À agricultura a falta de chuva pode refletir em um possível atraso no plantio da soja, que ocorre neste mês de setembro, condição registrada no oeste do Paraná no ciclo de 2017, quando houve atraso de quase um mês para início da semeadura.
Em novembro e em dezembro a expectativa é de que volte a chover, mas serão chuvas irregulares e localizadas.