PORTO ALEGRE ? O presidente Michel Temer entrega nesta segunda-feira ambulâncias a 61 prefeitos do Rio Grande do Sul, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, município a 25 quilômetros da capital gaúcha. O evento faz parte de uma série de anúncios planejados para este ano a fim de reverter o quadro negativo apontado na última pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em dezembro, em que 51% dos brasileiros consideram o governo Temer ruim ou péssimo.
É a primeira visita oficial de Michel Temer ao Rio Grande do Sul desde que o peemedebista assumiu a Presidência, há pouco menos de oito meses. Também participam do evento os ministros Osmar Terra (Desenvolvimento Social) e Ricardo Barros (Saúde), além do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). Em solo gaúcho, a comitiva será recepcionada pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e pelo governador José Ivo Sartori. Recém empossado em Porto Alegre, Nelson Marchezan discursará como representante dos prefeitos agraciados com a benfeitoria federal.
Uma solenidade breve está marcada para as 10h30. O acesso ao Parque de Exposições será restrito apenas para convidados. Na lista, parlamentares, prefeitos e vereadores de partidos da base de Temer. Há expectativa de um pequeno atraso para a entrega das ambulâncias ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Horas antes, o presidente deve sobrevoar o município de Rolante, atingido por uma inundação na última semana, além de se encontrar com o prefeito do município, Ademir Gomes Gonçalves. Um almoço com aliados do governo foi cancelado, já que à tarde o presidente viajará a Portugal para o funeral do ex-primeiro ministro Mario Soares.
Michel Temer embarca para a Europa em meio a uma crise no sistema carcerário brasileiro. Rebeliões no Amazonas e em Roraima resultaram não apenas na morte de quase 100 presos, como causaram a demissão do secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio (PMDB), que defendeu a chacina em entrevista ao blog de Ilimar Franco, no site do GLOBO. O presidente tem que enfrentar ainda, além da baixa aprovação dos brasileiro, a recessão da economia e a citação de seu nome em delação na Operação Lava-Jato.