RIO – A piora na economia de 3,6% em 2016 ? o segundo ano consecutivo de queda, um movimento que acontece pela primeira vez em quase 69 anos ? levou as taxas de investimento e poupança aos menores patamares desde 2010, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira. Os indicadores são importantes para determinar a capacidade de crescimento do país. Em 2016, a taxa de investimento recuou para 16,4%, após ter ficado em 18,1% no ano anterior. Já a taxa de poupança passou de 14,4% para 13,9%.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que funciona como uma medida do nível de investimento no país, recuou 10,2% no ano passado. Em valores correntes, o indicador ficou em R$ 1,026 milhão. O setor de construção foi responsável por uma queda de 8,7% na FBCF, enquanto máquinas e equipamentos caiu 16%.
No quarto trimestre do ano passado, o pior resultado também foi do indicador de investimentos, que recuou 1,6%, na comparação com o terceiro trimestre, atingindo R$ 254.786 em valores correntes. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a retração foi de 5,4%, a 11ª seguida nesse tipo de comparação.
O recuo, segundo o IBGE, é explicado principalmente pela queda das importações de bens de capital e pelo desemepenho negativo da construção civil. As exportações de bens e serviços cresceram 1,9%, enquanto que as importações de bens e serviços caíram 10,3%.