Uma bebê que desde o nascimento, em setembro do ano passado, vem fazendo história e batendo recordes. Gabrielly Ferreira, que completou sete meses no último dia 19, já resmunga as primeiras palavras e nos últimos dias começou a engatinhar. Ela ficou conhecida nacionalmente por ser o maior bebê nascido no HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) desde que a unidade começou a funcionar, há 27 anos, pesando 5.720 quilos e 54 centímetros.
Além das consultas de rotina, a criança passa por avaliação com cardiologista do HUOP. O problema foi diagnosticado logo após o nascimento. A mãe Maira Cristina Trevisan, que mora em Formosa do Oeste, conta que Gabrielly faz acompanhamento médico por conta de uma cardiopatia. O excesso de peso fez com que o coração da pequena desenvolvesse além do normal.
“A cada três meses venho até Cascavel para a consulta com a cardiologista. Hoje [ontem] fizemos mais uns exames, mas a médica já adiantou que ainda há um ventrículo aberto, o que demanda esse cuidado. Segundo ela, a Gabrielly vai precisar de acompanhamento até os quatro anos, que é quando, geralmente, tudo fica normal. Até lá, vamos medicando e cuidando”, comenta Maira.
Repercussão
A alta do hospital, dias após o parto, rendeu muitas fotos, vídeos e entrevistas à família. Chegando em Formosa do Oeste todos queriam conhecer a maior bebê do HUOP. “Todo mundo estranhou o tamanho dela e me pediam onde estava escondida uma criança deste tamanho. Muitos se espantaram, até porque só engordei 11 quilos durante a gravidez”, lembra.
As primeiras palavras de Gabrielly, ainda que compreendidas e traduzidas em grande parte somente pelos familiares, foram “papa” (para papai), “mama” (mamãe) e tata (a forma mais fácil de a pequena chamar qualquer pessoa). “Ela é muito contente, alegre, bagunceira, sempre quer brincar”, diz a mãe.
Maira tem outros dois filhos, uma menina de 17 anos e um menino de cinco anos, que ajudam a cuidar – e a brincar – com a caçula. O cuidado com a criança é dividido com o pai. “Ele trabalha de dia e eu a noite, então nos revezamos”, afirma.
Mais um?
Sobre aumentar a prole, a mãe diz que Gabrielly foi a raspa do tacho, e se recorda de uma orientação médica: “O médico me disse que, como meu segundo filho já nasceu gordinho, com 4 quilos, e a Gabrielly com quase seis, o próximo seria ainda mais pesado. Já pensou em um neném maior que ela? Então, por conta disso, fiz laqueadura”, explica.
Leia a reportagem que ganhou repercussão nacional quando Gabrielly nasceu: