A sessão da Câmara dos Deputados desta quarta-feira (24) teve gritaria e troca de empurrões entre deputados da oposição e da base de apoio do governo.
A confusão ocorreu enquanto, do lado de fora do Congresso, manifestantes ocupavam a Esplanada dos Ministérios para pedir a saída do presidente Michel Temer.
Desde a semana passada a crise política tem se agravado em razão das delações dos executivos da JBS no âmbito da Operação Lava Jato, que atingem, principalmente, Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afastado do mandato parlamentar pelo Supremo Tribunal Federal.
Em razão do que os irmãos Joesley e Wesley Batista informaram ao Ministério Público Federal, o ministro do STF Luiz Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito para investigar Temer.
Além disso, no Congresso, a oposição passou a liderar um movimento a favor do impeachment e articuladores políticos do governo foram avisados que parte da base quer a renúncia de Temer.
Entenda: Eventual saída de Temer levaria a eleição indireta pelo Congresso
A confusão na Câmara
Durante a sessão desta quarta, deputados da oposição subiram à mesa da Presidência da Câmara no plenário e começaram a gritar palavras de ordem, como "Fora, Temer!" e "Diretas Já!". Eles estenderam, ainda, uma faixa que com os dizeres "#ForaTemer".
Colega de partido de Temer, o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) arrancou a faixa das mãos dos deputados da oposição, o que resultou em gritaria e troca de gritos entre os parlamentares.
Em resposta ao protesto da oposição, deputados da base do governo começaram a gritar "Lula na cadeia". Parlamentares também trocaram empurrões na mesa do plenário.
No momento da confusão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não estava no prédio. Segundo a assessoria, ele estava na residência oficial e, diante do tumulto, Maria retornou ao Congresso e reassumiu o comando da sessão.