SAN DIEGO – No domingo passado, o SeaWorld San Diego realizou seu último show com orcas. O encerramento do tradicional número aconteceu após anos de críticas e queda no número de espectadores presentes no Shamu Stadium, onde os cetáceos, orientados por treinadores, realizavam saltos e outros movimentos adestrados. Nos parques do grupo em Orlando, na Flórida, e San Antonio, no Texas, essas apresentações deverão ser canceladas até 2019.
No próximo verão no Hemisfério Norte, o SeaWorld San Diego lançará uma nova atração na mesma piscina, que será reformada. Ela se chamará Orca Encounter e promete ser uma ?experiência educativa? que mostrará como as orcas comem, se comunicam e nadam. Apesar da aparência natural, os animais continuarão acompanhados por treinadores. O parque tem 11 orcas, em idades que variam de 2 a 52 anos.
?Vocês continuarão a ver uma orca saltando da água. Nós queremos demonstrar comportamentos que poderiam ser vistos nos habitats naturais e suas habilidades como um dos grandes predadores dos mares. A maioria das ações que o público via nos nossos shows será adequada para essas demonstrações?, contou o vice-presidente de operações zoológicas do parque, Al Garver, ao jornal ?San Diego Union-Tribune”.
Tilikum morre aos 36 anos
A visitação nos parques SeaWorld vem caindo desde a estreia do documentário ?Blackfish?, em 2013, com críticas às condições de cativeiro das orcas, um confinamento que as tornaria mais agressivas. O filme gira em torno da vida de Tilikum, orca que matou sua treinadora durante uma apresentação em Orlando, em 2010. Afastada do público desde o incidente, Tilikum morreu no último dia 6, aos 36 anos. Segundo a SeaWorld, o animal foi trazido do parque Sealand of the Pacific, do Canadá, há 25 anos.
No mês passado, a SeaWorld Entertainment Inc. anunciou que demitirá 320 pessoas em 12 parques. A reestruturação, diz a empresa, ajudará a desenvolver seu primeiro parque sem orcas, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.