SÃO PAULO – A menos de 11 horas do início do primeiro debate com os candidatos a prefeito de São Paulo, o deputado federal Celso Russomanno (PRB) ainda avalia se vai ou não participar do programa da TV Bandeirantes. Ao cumprir agenda no centro de São Paulo na manhã desta segunda-feira, ele disse que, antes de se posicionar, aguarda uma resposta da emissora sobre a participação da candidata Luiza Erundina (PSOL), impedida de comparecer ao debate pelas mudanças feitas pela minirreforma eleitoral. Ele ainda assinou um documento no qual defende a participação de todos os 11 candidatos no programa.
Pela lei, só devem participar dos debates na TV candidatos de partidos que tenham mais de nove representantes na Câmara dos Deputados – o PSOL tem seis. Com autorização de dois terços dos participantes, porém, a entrada de outros concorrentes ao cargo pode ser autorizada. Como há cinco candidatos elegíveis para o debate, os partidos que ficaram de fora tem entendido que a permissão de três candidatos é suficiente.
Russomanno se esquivou quando foi questionado se só vai participar do debate da Band se Erundina também for, hipótese levantada por alguns de seus aliados nos últimos dias.
– Mandamos uma carta para a Band ontem à noite pedindo a participação da Erundina. Hoje à tarde, depois da resposta da emissora, vamos nos reunir para avaliar o que fazer. Na pior das hipóteses, vou reclamar.
Em visita à Câmara dos Vereadores, o deputado defendeu que todos os 11 candidatos a prefeito participem do debate e assinou um pedido à Band feito pelo vereador e candidato à prefeitura Ricardo Young (Rede), também impedido de ir ao programa de TV na noite desta segunda-feira. Ele assinou dois documentos preparados por Young: um que pede a inclusão do vereador e de Erundina no debate – e que já foi assinado pelo prefeito Fernando Haddad (PT); e outro que sugere a participação de todos os inscritos para a disputa eleitoral. As campanhas de Major Olímpio (SD) e Marta Suplicy (PMDB) já informaram à Rede que não pretendem assinar o documento.
– Se quiserem que todos participem, não me oponho. Entendo a dificuldade de organizar um debate com 11 candidatos, mas se o Brasil optou por um sistema de vários partidos, todos têm o direito de expor suas ideias.