Cotidiano

Prévia oficial da inflação tem alta de 0,54% em fevereiro

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RIO – A prévia oficial da inflação, o IPCA-15, teve alta de 0,54% em fevereiro. O resultado foi divulgado pelo IBGE na manhã desta quarta-feira. Veio acima do previsto por analistas, que projetavam alta de 0,42% para o índice, com pressão sazonal de educação, devido aos reajustes das mensalidades escolares aplicados no início do ano. A taxa de fevereiro superou a de janeiro (0,31%) em 0,23 ponto percentual. Mas foi a menor para um mês de fevereiro desde 2012, quando ficou em 0,53%.

No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 5,02% e ficou abaixo dos 5,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2016, a taxa foi 1,42%.

O grupo educação, com alta de 5,17% e impacto de 0,24 ponto percentual, foi o principal responsável por elevar a taxa do IPCA-15 de 0,31% para 0,54% em fevereiro, enquanto os artigos de vestuário mostraram a menor variação (-0,31%), em razão das liquidações pós festas de fim de ano.

Esta semana, pela sétima seguida, o mercado reviu para baixo a previsão para a inflação em 2017. Agora, o Boletim Focus ? documento do Banco Central que reúne as principais instituições financeiras ? espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 4,43%, abaixo do centro da meta estabelecidade pelo BC, que é de 4,5%. Na semana passada, a expectativa era de 4,47%. Para 2018, a expectativa era de 4,47%.

Depois de um 2015 com inflação de dois dígitos, de 10,67%, o IPCA já arrefeceu em 2016, fechando o ano em 6,29%, voltando a ficar abaixo do teto da meta, que é 6,5%. O movimento foi puxado por elevações menores dos preços administrados e dos alimentos.

Para o cálculo do IPCA-15 de fevereiro, os preços foram coletados pelo IBGE entre 13 de janeiro e 13 de fevereiro de 2017 e comparados aos vigentes de 14 de dezembro de 2016 e 12 de janeiro de 2017. Esse indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, diferindo apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.