Cotidiano

?Presidente Trump poderia destruir economia mundial?, diz ?Post?

201610060313048484_AFP.jpg WASHINGTON ? Em um forte editorial desta quarta-feira, o ?Washington Post? previu um cenário econômico caótico caso o republicano Donald Trump seja eleito presidente dos EUA. Segundo o jornal, as políticas propostas pelo magnata poderiam aniquilar os avanços das últimas três décadas. Além disso, a publicação acredita que o recuo dos parceiros comerciais do país seria inevitável ? sem que Trump tenha ao menos uma resposta preparada para isso.

?Os Estados Unidos precisam garantir que uma porção maior da sua própria classe média compartilhe dos benefícios da globalização. As políticas de Trump, no entanto, poderiam desencadear uma guerra comercial, ou guerras, e assim ameaçar as conquistas das últimas três décadas sem ajudar os americanos que mais precisam?, diz o editorial.

Em agosto, Trump prometeu dar andamento a uma reforma fiscal, maciço corte de impostos e incentivos fiscais para trabalhadores e empresas. O magnata propôs reduzir a taxa mais alta de imposto de renda de 39,6% para 33%, um número superior aos 25% ditos anteriormente. Especialistas fiscais advertiram que o número mais baixo representaria uma diminuição drástica na arrecadação do governo ? e muitos chamaram suas políticas de contraditórias, uma vez que propõem desregulamentar a economia e, ao mesmo tempo, aumentar o protecionismo.

Na segunda-feira, duas novas pesquisas (da CNN e do site “Politico”) mostraram que a democrata Hillary Clinton havia ampliado sua vantagem sobre Trump. Segundo a pesquisa do “Politico”/Morning Consult, Hillary superava Trump por 42% a 36% das intenções de voto, em um cenário que inclui os outros candidatos minoritários, o libertário Gary Johnson (9%) e a ambientalista Jill Stein (2%). Quando são considerados apenas os dois candidatos principais, a vantagem de Hillary sobre Trump pode variar de 46% a 39%.

Já a sondagem da CNN com o instituto ORC mostrou que Hillary superava Trump por cinco pontos percentuais: 47% a 42%. Na consulta do início de setembro, Trump mantinha vantagem de dois pontos sobre ela, alcançando 45% contra 43%. Perguntados sobre o entusiasmo com a campanha, os apoiadores de Hillary saltaram de 46% para 50%. Os de Trump caíram de 48% para 46%.