Cascavel – A Cohavel (Companhia de Habitação de Cascavel) anunciou ontem (8) que já definiu o terreno e que vai construir 14 casas, uma para cada família atingida no incêndio que aconteceu no dia 22 de novembro, no Bairro Esmeralda, em Cascavel, região Oeste da cidade. O incêndio, que não registrou nenhum ferido, destruiu tudo o que tinha no espaço e ainda não teve a causa determinada.
Desde o dia do ocorrido, as famílias estão abrigadas no ginásio do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), do Bairro Coqueiral. De acordo com o presidente da Cohavel, Vinícius Boza, o terreno escolhido para a construção das casas, fica no Bairro Santa Cruz, na Rua Coralina, aos fundos da Univel, próximo do local onde as famílias residiam. Cada casa deve somar custos de R$ 120 mil e terá cerca de 40 metros quadrados, com dois quartos, banheiro e cozinha.
“Vamos usar o dinheiro do Fundo Municipal de Habitação, que recebe investimentos das outorgas onerosas, por exemplo, quando o contribuinte tem um terreno com um certo potencial construtivo e o projeto ultrapassa a metragem, ele precisa pagar um valor extra para o Município, e esse valor vai para esse fundo”, explicou Vinícius. A Cohavel vai licitar a construção e os projetos terão que ser fornecidos pela a própria empresa vencedora, e o processo, deve demorar pelo menos seis meses, período previsto para vigorar o “Auxílio Moradia”.
Auxílio moradia
O projeto que prevê outra ajuda para as famílias atingidas é o “Auxílio Moradia” que foi formatado pela a Secretaria de Assistência Social e já encaminhado para a Câmara Municipal. Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Hudson Moreschi Júnior, o projeto já foi aprovado pelas duas comissões do Legislativo, de Constituição e Justiça e de Saúde e Assistência Social, e estará na pauta para apreciação dos vereadores na próxima semana, dias 13 e 14.
Hudson salientou que assim que aprovado, o prefeito Leonaldo Paranhos vai sancionar a lei e publicar o decreto de regulamentação, para na mesma semana seja repassador o valor de R$ 600 para cada família que poderá ser utilizado para pagar o aluguel, conta de água e de luz. “A nossa missão é que até o Natal, as famílias estejam morando nas suas casas”, reforçou. O valor será repassado durante seis meses.
Esta mesma lei vai também abrir a possibilidade do Poder Público ajudar qualquer família que venha passar pela mesma situação, em casos de alagamentos, incêndio, vendaval e desmoronamento detectados pela a Defesa Civil. Terá direito ao benefício toda família que tiver renda per capita de até 25% do salário mínimo e que tiveram perdas totais dos imóveis.
Doações
As doações para as famílias continuam sendo arrecadadas em dois pontos distintos, na Paróquia Santa Cruz, na Rua Nhambiquaras, 1083 e na sede do Provopar, localizado na Rua Martin Afonso de Souza, 550, Bairro Pacaembu. “Já temos uma grande quantidade de doações que vão ultrapassar o que as famílias que perderam em suas casas no incêndio precisam. O restante vamos destinar para outras famílias cadastradas”, explicou o secretário. Na próxima semana será realizado sorteio dos móveis e eletrodomésticos arrecadados e, assim que as famílias tiveram as casas alugadas, começa o serviço de transporte das doações.