TULSA, EUA ? A procuradoria de Tulsa, Oklahoma, não indiciará por assassinato uma policial que matou um homem negro desarmado e com os braços erguidos na semana passada. No caso, que antecedeu outro caso de morte contestada por forças da lei (na Carolina do Norte), a agente Betty Shelby foi acusada de homicídio culposo ao atirar em Terence Crutcher, sem intenção de matar. CHARLOTTE
O procurador Steve Kunzweiler apresentou a acusação de homicídio culposo contra Shelby nesta quinta-feira, seis dias após o caso, flagrado em vídeo. Crutcher, 40 anos, pedia ajuda de policiais depois que seu carro sofreu uma pane.
Em quatro vídeos simultâneos (dos carros e de um helicóptero da polícia), ele aparece sendo ameaçado por agentes, de mãos erguidas. Quando dá a volta em seu carro, ainda com as mãos na cabeça, ele foi atingido por uma arma de choque e baleado com arma de fogo ao mesmo tempo, admitiu a polícia.
Nas imagens, um trecho de áudio mostra um agente dizendo que Crutcher “parece um homem mau”. Outro admite que ele está de mãos erguidas. Crutcher foi socorrido às pressas, mas morreu no hospital.
Originalmente, a polícia havia relatado que Crutcher ignorou as ordens dos agentes. Mas, segundo o chefe da polícial local, Chuck Jordan, disse em coletiva de imprensa na segunda-feira, não foi encontrada qualquer arma com ele.
? Os vídeos são muito incômodos e difíceis de se ver.
Há dois dias, protestos violentos tomam a cidade de Charlotte, onde outro homem negro foi morto em circunstâncias ainda não esclarecidas por uma ação policial. As manifestações na cidade na Carolina do Norte tiveram policiais e civis gravemente feridos, além de depredações e uso de gás lacrimogêneo.