BRASÍLIA ? Alinhado com o discurso do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse nesta terça-feira que o governo trabalha para evitar o aumento de impostos em 2017. Pela manhã, Padilha afirmou que a União não trabalha com um cenário de aumento da carta tributária no ano que vem.
? Estamos fazendo todo o esforço, focado o máximo possível na contenção das despesas, de modo a evitar que haja aumento de impostos ? ressaltou Dyogo Oliveira, perguntado sobre a declaração do ministro da Casa Civil.
Padilha disse, no Rio, que o governo vai trabalhar com uma projeção de um aumento de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) na proposta orçamentária para o ano que vem, contra uma projeção inicial de 1,2% do PIB que poderia exigir reajustes de impostos para fechar as contas.
Dyogo participou de reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo ele, o encontro foi para pedir agilidade na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 e da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) com um percentual de 30% até 2023.
O Congresso Nacional está reunido nesta tarde para votar a LDO, mas antes precisa ?limpar a pauta?, com a apreciação de vetos presidenciais. Segundo Dyogo, se a DRU não for aprovada, o governo sofrerá com frustração no Orçamento.
? A aprovação da DRU não traz folga orçamentária deste ano. É preciso que seja aprovada para que não haja uma frustralção do orçamento neste ano. Por isso reformamos o pedido para que de prioridade a votação da DRU ? disse o ministro do Planejamento.
A DRU já foi aprovada na Câmara e está na pauta do Senado, onde precisa passar por dois turnos de votação. O texto em discussão é retroativo a 1º de janeiro deste ano.
(*Estagiário sob supervisão de Eliane Oliveira)