BELO HORIZONTE – Na eleição em Belo Horizonte, os caciques políticos estão longe de serem os protagonistas. Quando aparecem, surgem de forma tímida, sem estardalhaço. Até mesmo os nomes dos partidos estão sumidos das propagandas de rádio e TV. Na campanha de João Leite, o número 45, do PSDB, é bem explorado, até porque é o que será digitado pelos seus eleitores. Mas não se encontra a inscrição PSDB no seu material e nem o desenho do “tucaninho”, uma marca do partido. O petista Reginaldo Lopes, do PT, escondeu o vermelho. A estrela só apareceu agora, na última semana de campanha, ainda sim estilizada.
O principal ausente da campanha em Belo Horizonte é do governador Fernando Pimentel, desgastado por seu suposto envolvimento na Operação Acrônimo. Ele já gravou para o programa de Reginaldo, mas o vídeo, até o momento, não foi ao ar. Talvez não apareça no último programa, que irá ao ar nesta noite. Reginaldo Lopes tem usado uma gravação de Dilma Rousseff
João Leite gravou com as duas principais lideranças tucanas no estado, os senadores Aécio Neves e Antônio Anastasia. A gravação de apoio dos dois foi dentro de uma Van, numa volta pela capital. O vídeo não está sendo exibido com frequência. João Leite negou que esteja escondendo o PSDB, que tem muito orgulho do partido e que a população já o identifica como político de legenda, pela qual, ressalta, já foi eleito várias vezes. Nos debates desta semana, ele tem feito a defesa de Aécio Neves.
O “azarão” da disputa, Alexandre Kalil, do PHS, tem como vice o deputado estadual Paulo Lamac, que é da Rede. É um ex-petista. Essa semana, a assessoria de Kalil anunciou a presença da ex-presidenciável Marina Silva, principal liderança da Rede, que, até hoje, não apareceu na cidade. O programa eleitoral da chapa não exibiu qualquer gravação de apoio de Marina até o momento. O presidente estadual do PHS em Minas, o deputado federal Marcelo Aro, um aliado de Eduardo Cunha, está sumido da campanha. O parlamentar não apareceu para votar na cassação do mandato de Cunha.