Cotidiano

PF indicia dois ex-diretores da Queiroz Galvão na Lava-Jato

SÃO PAULO. A Polícia Federal indiciou Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoide de Moraes Filho, dois ex-dirigentes da empreiteira Queiroz Galvão, pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertinência a organização criminosa. Collares Filho também deverá responder por tentativa de obstrução de justiça, por ter negociado propina de R$ 10 milhões com políticos para evitar a instalação da CPI da Petrobras. No mesmo inquérito foram indiciados outras cinco pessoas – Augusto Amorim Costa, ex-diretor da empreiteira e apontado como operador de propina; Renato Duque e Paulo Roberto Costa, ex-diretores da Petrobras; o doleiro Alberto Youssef e o operador Leonardo Meirelles.

Ildefonso Collares está em prisão domiciliar e deve ser submetido a cirurgia em São Paulo para extração de tumor nesta quinta-feira. Othon Zanoite está preso preventivamente. No depoimento à Polícia Federal, os dois permaneceram em silêncio. O inquérito abrange propinas pagas à empreiteira Rigidez, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef; à Costa Global, de Paulo Roberto Costa e à KFC Hidrossemeadura, usada por Leonardo Meirelles para lavagem de dinheiro. Costa, que é português, deixou o Brasil poucos dias depois da 7ª Fase da Lava-Jato, quando os dois executivos da empreiteira foram presos pela primeira vez.

Os dois ex-dirigentes da Queiroz Galvão foram presos no último dia 2 de agosto, na 33 ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Resta Um“. Segundo o Ministério Público Federal, as propinas são vinculadas a contratos do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), e das refinarias Abreu e Lima, Landulpho Alves e Duque de Caxias.