RIO – Com a liberação do repasse de R$ 2,9 bilhões do Governo Federal para a segurança dos Jogos Olímpicos, o estado estuda a possibilidade de transferir recursos do orçamento aprovado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias para segurança para financiar a conclusão da Linha 4 do Metrô, diz uma fonte do governo do estado. Crise e Jogos – 21/06
A manobra seria usada para não esperar pelo empréstimo de R$ 989 milhões que o governo tenta com o BNDES para garantir a conclusão da Linha 4. Além de ainda não estar concretizado o empréstimo, a verba poderia demorar a chegar, mas o estado precisa do dinheiro imediatamente para terminar a obra à tempo para a Olimpíada.
O governo do Rio decretou na sexta-feira estado de calamidade pública, o que em tese abre espaço para novos níveis de endividamento e remanejamento das receitas estaduais. A conclusão da linha 4 do metrô, um compromisso para os Jogos Olímpicos, ainda depende de cerca de R$ 1 bilhão.
CRATERAS E CUSTO DOBRADO
A falta de recursos para a conclusão da Linha 4 do metrô é só mais um dos problemas que o projeto de ligação entre Zona Sul e Barra da Tijuca enfrenta. Os trabalhos foram iniciados em 2010 e, em maio de 2014, precisaram ser interrompidos por seis meses: o problema foi causado pelo afundamento do terreno em Ipanema, durante escavações do túnel pelo tatuzão. Duas crateras se abriram na Rua Barão da Torre, assustando moradores e suscitando críticas às obras.
A previsão inicial era que as seis estações da Linha 4 estivessem funcionando até os Jogos Olímpicos. Agora, o terminal da Gávea ficou para 2018. E o metrô deve operar com apenas com cinco estações: Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, São Conrado e Jardim Oceânico. Além disso, o custo da obra dobrou, passando de R$ 5 bilhões para R$ 10,2 bilhões.
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