O ex-candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles denunciou nesta quinta-feira que a Justiça proibiu sua saída e de outros sete líderes opositores da Venezuela, após o poder eleitoral suspender o processo de referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.
“Decretaram a proibição de nossa saída do país! Perdem mais uma vez seu tempo!”, escreveu Capriles no Twitter ao lado de uma foto do decreto judicial.
A proibição está vinculada à decisão das autoridades de paralisar o processo de recolhimento de assinaturas para o referendo, sob a alegação de que houve fraude na primeira etapa.
Segundo o CNE, a justiça emitiu tal decisão diante “dos crimes de fraude junto à funcionário público, falsidade ideológica e fornecimento de informações falsas ao poder eleitoral” durante o recolhimento do 1% de firmas, primeira etapa para ativar o referendo.
A decisão judicial “têm como consequência a paralisação, até nova ordem, do processo de coleta de 20% das manifestações de vontade (…) na qual o Conselho Nacional Eleitoral estava trabalhando após concluída a primeira etapa da solicitação feita pelo partido MUD (Mesa da Unidade Democrática), em abril passado”, destacou o CNE.
Após o anúncio da decisão do CNE, o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba, reagiu afirmando que “a alternativa de luta prevista para este cenário” estava sendo “analisada e acertada entre todos os setores”.
“Daremos a resposta a esta armadilha em todo o país, a Venezuela que quer a mudança e a paz, e será uma resposta contundente e serena”, assinalou Torrealba.