RIO – A oferta mundial de petróleo foi reduzida fortemente em janeiro, após a aplicação dos acordos para limitar a produção, ainda que a alta dos preços vá alentar a atividade de extração nos EUA, indicou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) nesta segunda-feira. No mês passado, a produção do óleo cru chegou a 95,8 milhões de barris por dia (bpd), o que representa 1,3 milhão de barris por dia a menos do que em dezembro, e de 460 mil barris diários a menos do que no mesmo período de 2016, detalha o cartel em seu relatório mensal
A organização produziu, em média, 32,14 milhões de bpd, uma queda de 890 mil unidades diárias. Em novembro do ano passado, a Opep concordou em reduzir o bombeamento de petróleo em 1,2 milhão de bpd. Em dezembro, os produtos não-membros da Opep, incluindo a Rússia ? maior produtor mundial de petróleo ?, decidiram seguir o mesmo passo, reduzindo a oferta edm 558 mil barris diários.
O secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, afirmou nesta segunda-feira que é prematuro dizer se o acordo de corte de produção fechado pelos produtores do grupo precisará ser estendido para além de junho. Ele afirmou que os números preliminares mostram um “nível bastante alto” de adesão ao acordo para cortes de produção.
Barkindo disse que está confiante de que o acordo irá reduzir os estoques de petróleo para um nível próximo à média registrada pela indústria ao longo dos últimos cinco anos em 2017.
? O processo de reequilíbrio não deverá ser tão rápido quanto todos gostaríamos de ver por razões óbvias, entre elas os níveis de estoques, que têm estado excessivamente altos ? disse o secretário-geral da Opep, que falou com a Reuters em Khobar, na Arábia Saudita.
As reduções permitem uma recuperação dos preços do petróleo, ajudando a manter as cotações em torno dos atuais US$ 55 por barril.