Na política, como em tudo na vida, existem aqueles que fazem e que estão em permanente ação pelo bem-estar comum e pelo desenvolvimento, e há os que falam e criticam, sem apresentar soluções ou realizações, acostumados à rotina do quase nada e a jogar pedras no telhado alheio, ignorando obras e fatos concretos. Exemplo disso está nas palavras do vereador Paulo Pinheiro, do PSOL, transformadas em longo artigo, ?O PMDB errou?, publicado no GLOBO em 26 de maio. Ele vai tecendo linhas culpando os governantes do estado e do município até pela crise do petróleo e por supostos alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS), desmentidos pelo Comitê Olímpico Internacional, responsável, perante o mundo, pelos Jogos Olímpicos.
Diferentemente do PSOL, que critica e joga palavras ao vento, o PMDB é o partido do fazer e o partido do entendimento e do diálogo. Realizamos e ? sempre em tom de crítica construtiva ? apontamos caminhos e soluções lógicas. Essa tem sido, por exemplo, a prática da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Se há uma grave crise econômica e institucional na gestão do Estado do Rio de Janeiro, mostramos saídas.
Exemplo disso: entre proposições reais, a bancada do partido na Alerj sugeriu ao Executivo o enxugamento da máquina administrativa com reduções e fusões de secretarias de estado, ficando com um total de 14; a extinção de cargos comissionados, acabando com a gratificação especial ou reduzindo seus valores em 50%, gerando economia de cerca de R$ 600 milhões de ao ano. E mais: a negociação direta e firme com a União, de uma dívida questionável e impagável.
Em entendimentos com autoridades de Brasília, buscamos viabilizar importante decisão política: a revisão do Pacto Federativo, que leva cerca de R$ 150 bilhões em impostos do nosso e do estado, sem aqui ficar quase nada. É dinheiro para aplicação, principalmente, em saúde, educação, segurança e pagamento da folha dos servidores da ativa, aposentados e pensionistas.
Como se vê, há os que falam, e há os que realizam. Felizmente, a opinião pública é sábia e é justa. Ela sabe muito bem separar o joio do trigo. E, certamente, vai fazer isso mais uma vez, a bem da verdade e da realidade dos fatos.
André Lazaroni é líder do PMDB na Alerj