RIO – O nome de Francisco de Assis Neto, o Kiko, que teve a prisão decretada na Operação Eficiência, na última quinta-feira, entrou ontem no sistema da Interpol, conforme aponta documento que consta na Justiça Federal. Ex-subsecretário-adjunto de comunicação no governo de Sérgio Cabral, ele é acusado de atuar na lavagem de dinheiro da organização, e de ter recebido R$ 7,7 milhões entre agosto e outubro de 2014.
No dia da operação, o advogado de Kiko, Breno Melaragno, afirmou que seu cliente estava em férias nos Estados Unidos e se entregaria nos próximos dias à Polícia Federal (PF). Eike também era considerado foragido, mas voltou ao país na segunda-feira, quando foi preso. Por isso, foi dada baixa em seu nome da difusão vermelha.
O advogado de Kiko entregou à 7ª Vara Federal Criminal documentos que segundo ele comprovam que Kiko comprou, ainda em julho do ano passado, passagens para ele e a família passarem férias nos Estados Unidos de 6 de dezembro até o próximo dia 10 de fevereiro, quando está marcada sua volta. A intenção é demonstrar à Justiça que ele não fugiu nem teve informação privilegiada sobre o pedido de sua prisão. Ainda segundo seu advogado, Kiko está promovendo a troca das passagens e se entregará às autoridades nos próximos dias.
Corretor de seguros, Kiko entrou na política atuando na área de publicidade da prefeitura de Duque de Caxias na gestão anterior de Washington Reis (PMDB), hoje novamente prefeito da cidade. Como secretário de Comunicação, conheceu o secretário estadual de governo, Wilson Carlos, próximo de Cabral, e então foi levado a trabalhar no governo estadual.