BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, elogiou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano. Segundo ele, a medida mostra que o BC, depois de uma análise criteriosa, abreviou o processo de flexibilização da política monetária. Meirelles ressaltou que isso significa que o Brasil está no caminho para ter uma inflação dentro da meta, de 4,5% ao ano.
– Se o Banco Central decidiu fazer isso, significa que há condições. É positivo porque é uma decisão técnica e autônoma e que significa que estamos no caminho para ter uma inflação na meta. Essa é a grande notícia na questão da inflação – afirmou o ministro.
Assim como fez com a decisão da Petrobras de reduzir a gasolina, Meirelles alfinetou o governo da ex-presidente Dilma Rousseff e disse que a redução dos juros foi tomada por uma instituição com autonomia operacional. Dilma foi criticada seguidamente por ter pressionado o BC nas decisões sobre juros durante seu governo.
– Foi uma decisão do Banco Central que é uma instituição que tem autonomia operacional. A decisão foi divulgada enquanto eu estava em reunião. Ainda não vi o comunicado para saber as razões que o Banco Central teve para decidir isso. Mas não há dúvida de que se o BC decidiu fazer isso, foi depois de uma análise criteriosa que abreviou a possibilidade de se começar um processo flexibilização de política monetária.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, comemorou a decisão do Copom, em sua conta do Twitter. Na publicação, o ministro pede confiança na retomada do crescimento da economia.
“Copom reduziu os juros – Selic – em 0,25 (ponto percentual). A confiança na retomada da economia anda a passos largos. Avante”.