NOVA YORK – O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou esta semana que está reconsiderando a tentativa de ficar com terras do Havaí que pertenceram a antigos nativos das ilhas. O movimento para ter acesso às propriedades através de uma legislação local incomodou locais e levou a sugestão de uma lei que exigiria um processo de mediação antes da compra de propriedades por Zuckerberg.
?Diante do retorno da comunidade local, nós estamos reconsiderando o processo e avaliando como avançar. Queremos ter certeza que estamos seguindo um processo que protege os interesses dos proprietários de terra, respeita as tradições dos nativos havaianos e preserva o meio ambiente?, diz comunicado divulgado por ele.
Zuckerberg é dono de uma ampla propriedade na ilha de Kauai, mas não de toda a área. Há 14 pequenos pedaços de terra, alguns com menos de 4.000 quilômetros quadrados. Originalmente, pertenciam aos nativos havaianos, que receberam a terra quando a propriedade privada foi estabelecida no Havaí, no século XIX. Alguns desses proprietários, no entanto, morreram sem deixar testamentos e nunca se determinou quem seriam os herdeiros.
Em dezembro, os advogados de Zuckerberg entraram com uma ação na Justiça para tentar encontrar esses herdeiros e pagar uma compensação pelas terras. Na última sexta-feira, o deputado Kaniela Ing afirmou que faria um projeto de lei para exigir que o fundador do Facebook passasse por um processo de mediação antes da compra.
?Amamos Kauai. Queremos ser bons membros da comunidade e preservar a terra para as próximas gerações?, disse Zuckerberg.
A decisão mais recente do fundador do Facebook foi noticiada inicialmente pelo jornal Honolulu Star-Advertiser.