LONDRES – Os lucros antes de impostos do HSBC despencaram 86% no terceiro trimestre, após uma perda de 1,4 bilhão de libras decorrente da venda da unidade brasileira do banco.
Os lucros antes de impostos foram de 678 milhões de libras no trimestre encerrado em setembro, contra 4,9 bilhões de libras no mesmo período de 2015.
Por outro lado, quando se calcula o lucro ajustado antes de impostos ? que desconsidera itens não recorrentes ?, houve avanço de 7%, de 4,215 bilhões de libras para 4,5 bilhões de libras.
As ações do HSBC negociadas em Hong Kong chegaram a subir 3% antes de perder um pouco de força e encerrar em alta de 2,96%. Os papéis da instituição acumulam valorização de 11% este ano.
A perspectiva do Brexit não afetou o banco como fez com outros, já que boa parte das receitas do HSBC são originadas na Ásia.
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Para o diretor executivo do grupo HSBC, Stuart Gulliver, o desempenho ressaltou a força do alcance global do banco:
?Os lucros registraram caíra, mas os lucros ajustados foram maiores do que os do terceiro trimestre do ano passado em todos os nossos quatro negócios globais e em quatro das cinco regiões?.
Segundo Gulliver, além do impacto da venda das operações no Brasil, o resultado inclui mudanças no valor da dívida do banco além dos custos da implementação dos programas de redução de custos.
? Os resultados do HSBC mostram que você não pode fazer um omelete sem quebrar os ovos, e os esforços do banco para se focar em suas raízes asiáticas pesaram nos lucros desse trimestre, graças a uma grande perda gerada pela venda de suas operações brasileiras ? explicou Laith Khalaf, um analista sênior na Hargreaves Lansdown.
Contudo, os números subjacentes no relatório do HSBC são bastante positivos, com os custos e as receitas indo na direção certa, e a posição de capital do banco melhorando significativamente.
