Cotidiano

Liraa aponta baixo risco, mas Cascavel conforma mais 1.549 casos e 2 mortes

Os trabalhos dos agentes ocorreram de segunda a quarta-feira desta semana, quando vistoriaram 4.772 imóveis na cidade

Liraa aponta baixo risco, mas Cascavel conforma mais 1.549 casos e 2 mortes

Cascavel – A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Cascavel, por meio do Setor de Controle de Endemias divulgou ontem (7) o resultado do 3º LIRAa (Levantamento de Índice rápido e amostral) do ano. Os trabalhos dos agentes ocorreram de segunda a quarta-feira desta semana, quando vistoriaram 4.772 imóveis na cidade. O resultado apontou um baixo risco, com 0,4 % de infestação no Município, abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde que é de até 1%. 

Para a Sesau, o resultado ficou dentro do esperado para o período, pois as condições climáticas são menos favoráveis para a proliferação de mosquitos devido às temperaturas mais baixas. Além disso, foi realizada a aplicação do fumacê no mês de maio em diversos bairros, somando-se a uma série de ações do setor de educação em saúde e vistorias nos bairros, inclusive sábados, domingos e feriados.

Além disso, outro ponto que deve ser ressaltado é que não houve chuvas recorrentes nos últimos 10 dias antes da realização do Liraa. Para o secretário de Saúde, Miroslau Bailak, mesmo com índice baixo de infestação é fundamental que a população mantenha os cuidados mesmo no inverno, fazendo a faxina semanal, não deixando locais que possam acumular água.

Ele explicou que o ovo do mosquito pode permanecer aproximadamente um ano em local seco. “Agora é o momento propício para fazer a limpeza com água e de todos depósitos fixos, bebedouros de animais, vasos plantas, eliminando qualquer ovo ali depositado; realizar o descarte adequado de todos os lixos orgânicos e recicláveis evitando que se tornem possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue”, reforçou.

Mesmo com a média abaixo, algumas regiões apresentam índices maiores, como é o caso da região Oeste que engloba os bairros Tropical, Parque Verde, Cidade Verde, Moradas, terra Nova, Aclimação, Coqueiral e Palmeiras que tem um índice de 0,7%, mesmo índice encontrado na região do centro e dos bairros da região do Lago Municipal.

Casos e óbitos

Na contramão do baixo risco de infestação, o boletim semanal divulgado pela Sesau apontou a confirmação de mais 1.549 novos casos de dengue e de mais duas mortes pela doença. A cidade continua “liderando” o ranking estadual por mortes de dengue no Paraná, totalizando 11.156 casos e 13 óbitos até agora. Cascavel tem mais que o dobro de Maringá que contabiliza 6 mortes. Em terceiro lugar vem a cidade de Medianeira, com 4 mortes.

As duas mortes confirmadas ontem (7) são de dois idosos de 76 e 78 anos e que ocorreram nos dias 30 de maio e no dia 27 de junho. Os três tinham comorbidade associadas. A cidade está em epidemia da doença desde o dia 13 de abril, assim como o estado do Paraná que vive literalmente um surto da doença.

Os bairros com mais casos de dengue na cidade são o Interlagos com 835 casos, seguido do Cascavel Velho com 818 casos, Floresta com 775 e Santa Cruz com 686. Conforme o boletim a faixa etária com maior número de casos é de pessoas de 20 a 29 anos, um total de 23,07% das pessoas que ficaram doentes e em segundo lugar de 30 a 39 anos com 17%.

No Paraná

A Secretaria Estadual de Saúde também divulgou os dados do novo boletim da doença esta semana, confirmando mais 5.514 novos casos de 6 mortes por dengue em todo o estado. No atual período sazonal da doença, iniciado em 1º de agosto de 2021 e que segue até o fim deste mês de julho de 2022, o Estado soma 71 óbitos, com 115.634 casos confirmados, 25.566 em investigação e 235.388 notificações. Dos 385 municípios com notificações, 356 tiveram casos confirmados.

Os principais sintomas da doença são dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, febre, manchas pelo corpo. Quem tiver este tipo de sintoma deve procurar uma unidade de saúde para atendimento médico.

Foto: Secom