Curitiba – O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Marcos Stamm, começa a debater a revisão do Tratado de Itaipu, que completa 50 anos dentro de cinco anos.
Tudo vai girar em torno da revisão do chamado Anexo C, que trata das bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade e define a distribuição da energia à Ande, no Paraguai, e à Eletrobras, no Brasil. Na prática, a energia de Itaipu que não for consumida pelo Paraguai deverá ser direcionada ao Brasil.
O Anexo C define também como é fixado o custo do serviço da energia gerada por Itaipu, o pagamento de royalties aos dois países e a amortização da dívida de sua construção.
O Tratado de Itaipu é um documento único, exemplo de entendimento entre dois países diante da complexidade de se construir a maior geradora de energia do planeta. Foi assinado pelos presidentes-ditadores do Brasil, Garrastazu Médici, e do Paraguai, Alfredo Stroessner, em 1973.
A revisão do Tratado, portanto, é o maior desafio da Itaipu depois do término da obra e o debate começa com encontros com entidades de classe de todo o Paraná. Ontem, por exemplo, o Movimento Pró-Paraná, presidido por Marcos Domakoski, reuniu-se com uma comissão da Itaipu, em Curitiba, para as primeiras análises das mudanças que virão.