RIO – Um comitê do governo de Israel concedeu aprovação inicial neste domingo para a exportação de maconha medicinal, no que pode ser um ganho inesperado para empresas israelenses, amplamente consideradas líderes em pesquisas do ramo.
Um comunicado do governo anunciando a permissão do comitê disse que pode levar meses até que a legislação chegue ao Parlamento.
Nos Estados Unidos, 28 Estados legalizaram a maconha para uso medicinal desde 2012, e Colorado, Alasca, Califórnia, Maine, Massachusetts, Nevada, Oregon e a capital, Washington D.C., também aprovaram para uso recreativo. O mercado deve alcançar 50 bilhões de dólares na próxima década nos EUA, segundo algumas estimativas.
Israel é amplamente considerado um dos líderes mundiais em pesquisa medicinal sobre maconha, mesmo que o mercado local seja pequeno. Apenas 23 mil pessoas têm a permissão do Ministério da Saúde para comprar cannabis medicinal de nove fornecedores licenciados, criando um mercado de 15 milhões a 20 milhões de dólares, no máximo.
Saul Kaye, presidente-executivo da iCAN, um centro particular de pesquisa com cannabis em Israel, disse que há cerca de 50 empresas voltadas à maconha medicinal em Israel ativas em vários aspectos do setor, desde a plantação até dispositivos para o uso, como inaladores.
Kaye estima que os investimentos internacionais em empresas israelenses tenham chegado a 100 milhões de dólares em 2016.
No mês passado, Israel deu mais um passo em direção à descriminalização do uso pessoal de maconha em pequena escala.
O ministro da Saúde de Israel, Yakov Litzman, apoia o uso médico da cannabis e introduziu medidas para facilitar sua prescrição e venda.
Os produtores israelenses trabalham em conjunto com instituições científicas em triagens clínicas e desenvolvimento de cepas que tratem várias doenças e transtornos.