O Paraná é o segundo maior produtor nacional de mandioca e lidera a comercialização da raiz, principalmente na produção de fécula. Um grupo de 35 técnicos pôde saber mais a partir de dados recentes de uma pesquisa sobre a cultura e conhecer diferentes práticas de manejo da mandioca, do mato e das pragas que atacam a lavoura, durante capacitação no Polo de Pesquisa do IDR-Paraná em Paranavaí. O curso é uma iniciativa do Instituto em parceria com a Cocamar Cooperativa Agroindustrial de Maringá.
Nos últimos anos a cultura passou por importantes mudanças com um avanço tecnológico na produção agrícola e também no setor industrial. Porém, vem perdendo espaço no Estado para outras mais rentáveis para o produtor, como a soja e o milho.
De acordo com levantamento do Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a previsão é que na safra 2021/2022 sejam plantados 125 mil hectares com mandioca e a produção chegue a 2,8 milhões de toneladas. Esses números mostram uma redução de 10% na área ocupada e de 14% no volume da produção, na comparação com a safra anterior.
CONTEÚDO – Durante a capacitação os profissionais da Cocamar participaram de painéis sobre a cultura de mandioca, tema abordado por Mario Takahashi, do IDR-Paraná. O pesquisador apresentou as variedades mais indicadas para a indústria, manejo do material de propagação, adubação e o manejo das principais doenças.
Neumárcio da Costa, professor da Unioeste, falou sobre a melhor forma de manejar o mato nas lavouras e do uso de produtos registrados no Paraná. O manejo das principais pragas foi abordado pelo pesquisador Rudiney Ringenberg, da Embrapa. Técnicos que trabalham nas unidades da Cocamar no Mato Grosso do Sul e Paraná participaram do curso.
PANORAMA – A produção paranaense de mandioca está concentrada nos núcleos regionais de Paranaguá, Umuarama, Campo Mourão, Maringá e Toledo. Para se ter ideia da importância da cultura para a economia estadual, o Estado possui 42 fecularias, das 72 que existem no país. Na safra 2020/2021, 70% da produção foram destinados às fábricas de fécula, farinha e polvilho azedo.
As áreas mais tecnificadas do cultivo da raiz se localizam nas regiões Noroeste, Oeste e Centro-Oeste do Estado. Entre as melhorias já implantadas pelos produtores estão o uso de manivas selecionadas, melhor preparo e adubação do solo.
Apesar de o processo de plantio e mecanização dos cultivos ter avançado, os produtores de mandioca do Paraná ainda enfrentam dificuldade no momento da colheita, que é feita manualmente. A escassez de mão de obra é um problema enfrentado a cada safra.
(Fonte: AEN)