MANAUS ? Os membros da facção criminosa de São Paulo foram separados, nesta segunda-feira, dos demais detentos em todos os 11 presídios do estado. A decisão foi tomada um dia após a morte de 56 presos desse mesmo grupo em guerra de facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.
Inicialmente, o governo havia informado que eram 60 mortos, mas depois corrigiu o número. Esse é o segundo maior massacre em presídios, em número de mortes, na história do Brasil, atrás apenas do ocorrido no Carandiru, em São Paulo, em 1992, quando 111 presos foram mortos.
A decisão da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) de isolar os presos foi tomada após um motim e uma tentativa de fuga na tarde de hoje no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) de Manaus.
O secretário de segurança pública do Amazonas, Sérgio Fontes, explicou que a medida de separar os presos é cautelar, para “preservar vidas”.
? Temporariamente o secretário de Administração Penitenciária separou os presos para que não haja outras rebeliões para alcançá-los e matá-los. Isso é totalmente coreto, para que não tenhamos novas convulsões desse tipo.
A Secretária de Administração Penitenciária também estuda a transferência de alguns membros da facção paulista para a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, que havia sido desativada em 2016.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, está em Manaus. ele deve se reunir ainda hoje com o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marco Antonio Severo, e o governador do Amazonas, José Melo de Oliveira. O ministro ofereceu ao governador eventuais transferências para presídios federais e envio da Força Nacional ao estado.