BRASÍLIA – Levantamento do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) divulgado nesta segunda-feira mostra que seis mil servidores públicos foram expulsos do governo em 13 anos. O mês de setembro deste ano registrou 74 punições, o maior número em um mês nos últimos cinco anos.
De acordo com a CGU, a prática de atos relacionados à corrupção é o principal motivo das expulsões, com 4.013 das penalidades aplicadas ou 65,4% do total. Já o abandono de cargo, a ausência do servidor no serviço ou a acumulação ilícita de cargos são motivos que vêm em seguida, com 1.395 dos casos.
O estado do Rio registra o maior número de punições (1.052), seguido do Distrito Federal (746) e São Paulo (640). As pastas com maior quantidade de servidores expulsos são o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), o Ministério da Justiça e Cidadania (MJC) e o Ministério da Educação (MEC)
O relatório registra que, de 2003 a setembro de 2016, foram aplicadas 5.043 demissões; 467 cassações de aposentadorias; e 532 destituições de ocupantes de cargos em comissão. Os dados não incluem empregados de estatais, como por exemplo a Caixa, Correios e Petrobras.
No mês passado, foram expulsos dez servidores do Instituto Federal do Pará (IFPA), envolvidos em uma organização criminosa que desviava recursos destinados à concessão de bolsas para os alunos e professores da instituição. Eles responderam por improbidade administrativa, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; e uso do cargo para proveito pessoal.