WASHINGTON – Os gastos em consumo dos lares americanos, que correspondem a 70% da atividade econômica dos EUA, aumentaram mais que o esperado em setembro, impulsionadas pelas compras de carros, e a inflação subiu de forma sustentada. Os dados, divulgados nesta segunda-feira pelo Departamento de Comércio, devem entrar na conta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre o momento de alta de juros no país. A autoridade monetária tem encontro nesta semana, mas a expectativa é que a elevação das taxas, que terá impacto sobre mercados emergentes, só virá em dezembro.
Os gastos das famílias cresceram 0,5%, acima do 0,4% previsto por economistas consultados pela Reuters, após um recuo de 0,1% em agosto. Ajustado pela inflação, o gasto subiu 0,3% após cair 0,2%.
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?O dado mais recente deve ser um alívio para o Fed. O gasto segue apontando o crescimento e, combinado com os fatos positivos sobre o mercado de trabalho e a inflação, deve permitir que o Fed endureça a política [monetária] em dezembro?, comentou Greg Daco, chefe de macroeconomia americana na consultoria Oxford Economics, em Nova York.
Por sua vez, o índice de preços relacionado ao consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) avançou 0,2%, após alta similar em agosto. Nos 12 meses até setembro, o indicador subiu 1,2%, o maior incremento desde novembro de 2014. O índice é a medida preferida do Fed para aferir a inflação, mas a meta da autoridade monetária é de 2%.
